quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A Peça de Teatro

É estranho. Mais do que estranho, é estúpido!
Está tudo doido... nada faz sentido.
Nada é igual, ninguém é como era; Tudo tem outro rumo, outro objectivo, outra vida.

Todas as palavras, todos aqueles momentos são agora recordados em lágrimas! Lembro-me frequentemente de promessas feitas, da troca de carinhos, palavras que nos faziam sentir bem, unidas... Uma amizade que jurámos nunca ter fim. Lembras-te?
E aquelas gargalhadas estúpidas, aquelas que faziam com que todos ficassem a olhar para nós com inveja da nossa felicidade, da nossa união.... sorrisos que, comigo ficarão para sempre! Mas que tu provávelmente esqueceste! Será que te esqueceste também de como nos adorávamos? E agora? Como é que esse carinho se transformou em ódio? Sim... Eu sei perfeitamente que no teu ponto de vista, a culpa de tudo isto é minha... mas não é, e sabes porquê? Porque ao contrário de tudo aquilo que possas pensar, eu ainda sou um ser humano, tenho direito de errar! E tu, tu que falavas num filme de terror que te assombrava constantemente, esqueceste-te que eu tambem fazia parte desse mesmo filme, que eu também estava na parte sombria da história. Há coisas que o tempo não cura, e ambas sabemos que não vale a pena continuar a tentar... Chega de fingimento, de cinismo! Não consigo viver tentando-me convencer de que um dia tudo voltará a ser bonito! É estupido pensar assim, é estúpido tentar pensar em algo que é completamente impossível, pois só causará mais torturas mentais a mim mesma. Estou cansada de todo este teatro que temos vindo a construir, desisto. Não sou boa actriz, não sei nem quero continuar a representar.

Fecharam-se as Cortinas.

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