quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Impossíveis
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"Viver é acreditar e realizar o impossível"
Porquê que estas palavras me soam a falsidade?
Porquê que nem tudo é assim tão bonito?
Porquê que nem tudo é possível?
Porquê que temos o dom de sonhar, mas não de concretizar todos esses sonhos, todos esses desejos?
Porquê?
Encontro-me à deriva num mar de sonhos, fantasias perfeitas, onde vivo na face impossível das coisas... mas que não passa disso mesmo, fantasias, ilusões! Ilusões que doem quando acordo desse sonho perfeito que supostamente me fazia voar, sentir ... ser feliz! Acordo, e dou por mim a cair no abismo, onde deixa de haver toda essa felicidade, onde deixo de ter asas; Onde me apercebo que não vivo num conto de fadas, que sou real e estou aqui, perante tudo e todos... aqui onde tentar construir o impossível é um desperdício...
...aqui, onde viver é um desperdício.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sossego Infernal

Acordo sobressaltada!
Está frio, e muito escuro! Mal consigo respirar. O ar parece escasso! Acendo a luz, mas continua escuro... uma escuridão diferente de todas as outras, uma escuridão gélida, sufocante. Arrepio-me e depressa me ponho de pé!
Caminho lentamente pelo chão gelado do corredor, um corredor sem fim, um corredor sem luz, um corredor vazio, onde apenas o bater do meu coração se ouve.
Este som irritante deixa-me completamente apavorada, ao perceber que tudo á minha volta não existe, ao perceber que estou rodeada por um vazio silencioso, um vazio perpétuo. Só eu, e apenas eu! Por momentos, deixei de o ouvir bater. O meu coração deixa de bater; É então que um silêncio perturbador se instala!
Continuo a caminhar ao longo de todo este corredor, cada vez mais perturbada com o silêncio que se entranha na minha mente.
Acelero o passo. Não sei para onde me dirigir, só queria que a escuridão, este silêncio, me abandonasse... só queria libertar-me de todo este medo, para sempre.
Caminho cada vez mais depressa. Estou assustada. Choco contra as obscuras adversidades deste corredor, deste túnel sem fim.
Vejo ao longe grandes labaredas, que formam uma parede de chamas. Corro para junto delas! O ar é agora mais abrasador. Sinto-me a descongelar lentamente. Agora tenho luz, calor... que afastam a escuridão fria por momentos...
Apercebo-me então que é mais uma barreira, meu Deus! Uma barreira de fogo, que tenho de atravessar. Mas se o fizer, morro!
A escuridão ou a luz? O frio ou o ar acolhedor do conforto?
A Vida ou a Morte?
O tempo não pára, é cada vez mais escasso. Não posso gastá-lo ao questionar-me com inexplicáveis reflexões! Tenho que tentar, não posso perder mais tempo!
Quero e vou conseguir ultrapassar esta barreira, tenho que arriscar. Recuo alguns passos, e ganho tento ganhar coragem; Não consigo, é difícil demais! Que desespero! Não posso ficar aqui para sempre, neste corredor sem fim... Não há alternativa, é a única hipótese de escolha!
Mentalizo-me mais uma vez, e avanço rapidamente contra a parede de chamas que se encontra à minha frente, encostada a mim, e na qual estou agora introduzida, rodeada de monstruosas chamas, asfixiada por este calor mortífero! Estou em chamas, estou a arder! Movo-me entre esta espessa camada de fogo, à descoberta de algo a que possa chamar de vida!
Estou a morrer, sinto-me em cinzas. Estou num inferno em chamas, um inferno sufocante que me corta a respiração.
Como é possível que aqueles insignificantes segundos se tenham transformado em tortuosos milénios da minha vida? Sou cuspida para o chão pelas ensanguentadas labaredas que me absorveram. Pouco a pouco sinto oxigénio à minha volta. Estou de volta a este mundo, sem chamas. Sinto o ar a ser inspirado por algo que não está em mim. Estou no lado de lá das chamas. Estou em cinzas, não sinto o corpo. De olhos abertos tento ver o que me rodeia... Já não há escuridão, já não há frio, já não há medo. Estou imóvel, nem pestanejar consigo! Sinto-me feita de barro, uma peça sem vida, sem reacção, sem nada. A dificuldade de respirar é descomunal... não consigo ver, não consigo ouvir, apenas consigo sentir que me estou a afogar neste cheiro a queimado, nestas cinzas, neste nada que sou eu!
E aqui, estática e apavorada, espero pela chegada do fim que me há-de levar para sempre, para as verdadeiras chamas, a morte... Espero por esse momento, um momento que roubará tudo aquilo que dificilmente ainda me resta!
Não posso dizer que venci, mas ainda posso dizer que tentei.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ilusões
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Perguntas, Interrogações
Este medo de continuar...
Esta insegurança que me consome,
Sentimentos que não têm fim.
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Tantas pessoas, tantas sombras,
Tantos acontecimentos, tantas incertezas...
E agora, o Mundo!
O Mundo que não passa disto,
De inseguranças perturbadoras,
De medos inconcebíveis,
De incertezas inaceitáveis...
Sentimentos que não têm fim.
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Oh, Tremenda Ilusão!
Assustadoras fantasias
Que se absorvem do meu ser,
Um ser que existe, mas não vive.
Um ser que morre, sem nascer.
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Uma realidade ilusória
De impossibilidades concretas,
De impossibilidades absurdas!
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Isto é o meu mundo,
Do qual preciso de fugir,
Do qual quero desaparecer.
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Apenas desaparecer...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Perfeições
___ Nunca! Sem dúvida que nunca me esquecerei de todos aqueles instantes passados com vocês!
Saber que entre todas as discussões, adversidades, distúrbios, saber que entre tudo isso se encontra uma amizade como a nossa. Saber que por muitos altos e baixos que existam, esta amizade não terá fim. Saber que com qualidades, defeitos, todas nos aceitamos umas ás outras, saber... saber de tudo isso, deixa-me assim, feliz!
E um dia, iremos (re)viver o passado, aquelas gargalhadas, aquelas palavras... aqueles momentos mais que perfeitos passados com vocês! Momentos que ficarão para sempre gravados nas nossas memórias; Momentos que um dia irão trazer saudades, lembranças que serão recordadas com sorrisos rasgados, lágrimas de alegria, saudade... saudade de todos estes tempos, de todos estes instantes minuciosos, únicos...
...De todos estes momentos que nos fazem crescer :)
Amo-vos

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

[In]Sensível

Sim, tens razão.
Não vale a pena falar, não vale a pena sequer pensar.
Agora, nada vale a pena. Afinal, aqui quem te insulta sou eu, a má sou eu! Não é assim?
É estúpido demais deixar-me enganar assim pelas pessoas, por meras palavras que não valem nada! ... É estúpido, mas é a realidade!
Mais estúpida ainda sou eu, por me deixar atingir desta forma, por deixar que o meu coração sangre desta maneira...
Mas agora acabou, quero ser feliz e não é por me ignorarem que vou deixar de o ser.
A minha sensatez chegou ao fim. É dito e murmurado que a minha maldade já não tem limites... Portanto censurem-me, critiquem-me, repreendam-me. Façam o que bem vos apetecer, mas eu não vou mudar a minha maneira de pensar, não vou deixar que me façam novamente cair numa escuridão ainda mais negra que esta; Não vou!

Não quero saber demais nada! Quero apenas tentar recuperar o que por ti perdi, tentar reaver quem realmente me fazia feliz, aquelas amizades verdadeiras que por tua causa, consegui perder!
Agora que finalmente, na minha cabeça fazes parte do passado, só uma dúvida ainda persiste: Como é que algum dia pude chamar-te de melhor amigo, confiar em ti, pensar que podia contar contigo? Como? É estúpido chegar a esta conclusão só agora, não é?
E não, não vou desejar que sintas na pele a mesma dor que me fizeste sentir. Ao contrário de ti, a minha maldade tem limites... E eu não os ultrapasso!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008


"I scream into your face, I scream into youur face until,
My veins are bursting through, prisoners that live under my skin,
They call, out my name and anger takes it's hold
It's hold, but it wont stop coz I have no control,
I have no control.

It calls, calls out my name,
It holds, it holds, it holds me down.

I stare into your eyes, I stare into your eyes until,
The tears start to pour rivers down your face I can't ignore,
It calls, out my name and anger takes it's hold,
It's hold, but it wont stop coz I have no control,
I have no control

You say, your way
Was the only way to be..."