quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Paragem de tempo

Parou. Tudo parou naquele momento. O meu cérebro, o meu coração, e todas as restantes particulas do meu ser.
Paralisei! O tempo parou para mim e eu sei disso. Senti .
Não sei por quanto tempo. Não tenho ideia de quantos milésimos de segundo passaram, quantas horas, quantos anos.... Mas sei que o meu coração bate forte com a ansiedade de repetição. Contento-me com um simples Déjà vu, ou uma elaborada vivência real. Mas não assim, no vazio do abismo onde a esperança está para lá de escassa.

Talvez seja mais um-episódio-da-minha-estupidez, mas é um episódio que quero voltar a ver. A sentir. A viver.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Obstáculos

Caminho nestes montes. Pedra após pedra. Já é tarde, a noite vazia olha-me friamente. Revoltada, a escuridão convida-me a entrar. Julgo ser um convite eterno, sem regresso. Um convite tão tentador!
Chego diante de um abismo. Penso estar a escassos centimetros do fim da rocha. Está muito escuro, é confuso. Mas consigo ver um vazio sem fim, e eu aqui no cimo com a sensação de que o chão está a ruir debaixo dos meus pés. Tento encontrar-me. Perco-me num labirinto de pensamentos, acompanhados por este som tão doce, tão triste, esta melodia mágica capaz de me hipnotizar, de me fazer perder a cabeça.
A minha mente está perdida, quase morta. Não quero que morra, que desapareça, não quero perder a restante capacidade de raciocínio... mas torna-se difícil, tão difícil.
Preciso de verter todas estás lágrimas que me afogam a alma. Não quero de todo destruir o meu espírito em lágrimas interiores que de nada me servem. Preciso de as derramar, de aliviar o meu cérebro. Preciso de respirar sem pausas, sentir o ar chegar aos pulmões, sentir o bater do meu coração. Preciso de sentir o mais básico, preciso de sentir que estou viva. Preciso acima de tudo de seguir em frente, construir a minha vida aqui em cima, e deixar para trás o chão que está a ruir mesmo por baixo de mim; deixar para trás o grande vazio que se encontra mesmo diante a mim, este enorme abismo. Eu, preciso de transformar estes impedimentos em algo útil, que me auxilie a dar a volta, a saltar por cima, a ser mais forte.
Eu preciso dessa força, para dizer não a esta noite vazia. Para dizer não a este amargoso soluçar da vida.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Continuação

Continuação

Olá, outra vez.
Publiquei há uns tempos aquele que seria supostamente, o meu último post neste blog.
Na verdade, por muito estúpidos e irracionais que sejam todos os desabafos e pensamentos por mim deixados neste blog, não passo sem eles. Sinto a falta de desabafar os meus devaneios com as palavras. Com os pontos finais. Com as vírgulas que certamente nunca terão fim na minha vida.
Portanto, os meus delírios continuarão...

...até quando, não sei.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Um fim

Não há muito mais para dizer.
Os sentimentos são sempre os mesmos, os desabafos são sempre os mesmos, as emoções são sempre as mesmas. Eu sou sempre a mesma. Aliás, era.
Chegou a altura de colocar pontos finais a vários parágrafos da minha vida. Chegou a hora de escrever um fim a vários dos planos que me constituem... e um deles, é certamente todos estes estúpidos desabafos, todas estas memórias que por vezes, me impedem de avançar. Quero esquecer. Quero começar de novo. Com outros sentimentos, com outras pessoas, com outro eu. Quero queimar todos estes pedaços que um dia fizeram parte de mim... quero simplesmente, que desapareçam sem deixarem vestigios alguns.
Quero ainda, agradecer-vos, a vocês leitores do meu blog, que durante todos estes meses acompanharam os meus devaneios e que sempre tiveram uma palavra amiga para me dar. Por isso, muito obrigada.

Até sempre.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Perturbação

Perturbação


Quero controlar a minha mente. Preciso urgentemente de não pensar. Preciso de uns momentos de pausa, longe do mundo e da humanidade.
Sinto-me a ensandecer. O medo sequestrou-me o cérebro. Agora, sinto-me mais uma. Agora não sou mais quem olha para os outros sem ver o seu reflexo. Agora que algo mais forte se apoderou de mim, sei que não preciso de mais nada além de fugir. Apenas isso. Já não adianta pedir paz, rezar, ou mesmo esperar que tudo fique bem. Agora é tarde demais. Agora que estou louca, só me adianta fugir e isolar-me não com outras pessoas, não noutros pensamentos, não noutro local nem mesmo noutro planeta. Quero isolar-me de mim mesma, desfazer-me toda eu em pó, e resumir esse pó a nada; antes que o mundo o faça por mim, antes que a humanidade tenha o prazer de acabar com tudo.
Para isso, preciso de não pensar, de não imaginar, de simplesmente não ter capacidades para tal. Preciso deixar de viver. Não pelos outros. Por mim própria.

Confesso, este medo apavora-me. Existir apavora-me.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Gritos

Estes gritos. Estes gritos que se ouvem em versos mudos.
Estes gritos, estas pequenas partículas de raiva, de dor. Estes gritos que te ensurdecem a alma. Sente-os comigo. Anda, vem destruí-los. Dá-me de novo a voz, dá-me novamente a vida. Deixa que as tuas doces lágrimas me sequem o coração. O coração que chora, o coração que grita, que se perde no meio de toda esta demência. Dá-me a mão, torna estes sonhos sangrentos em algo que, mesmo doloroso, seja real.
Deixa-me sentir o bater do teu coração. Deixa que esta solidão tenha um fim.
E repara nas absurdas utopias que crias em meu redor, repara nos sussurros indeléveis da minha alma... repara no eco da escura sombra silenciosa do amanhã que nunca mais chega...

quarta-feira, 18 de março de 2009

Tu e por ti

Fazes-me erguer a cabeça todos os dias e seguir em frente.
Fazes-me sonhar e acreditar no impossível.
Fazes-me desesperar.
Fazes-me sofrer.
Fazes-me respirar.
Fazes-me viver.
(sem que te apercebas e tão longe de mim).

segunda-feira, 9 de março de 2009

Perdida

Estou perdida. Talvez seja a milésima vez que digo isto, mas infelizmente é o que sinto.
Estou perdida, no meio de todas estas discussões infernais que se originam assim, umas atrás das outras, sem piedade alguma de mim. O stress está a atingir-me mais que nunca. Quero enterrar-me, proteger-me num sítio bem escuro, bem distante de todas estas discussões e problemas. Quero desaparecer, ficar longe de tudo isto.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

A Viagem a França

A Viagem a França

A contagem decrescente fervilhava-me no sangue. Estava anciosa para viajar até França, não só por visitar um ponto do mundo tantas vezes mencionado mas também por estar prestes a aproveitar esses maravilhosos momentos na companhia de pessoas que são tão importantes na minha vida! Dia 21 de Fevereiro partimos finalmente. Foi na minha opinião, um delírio que nem eu própria acreditara estar a viver.
Durante aquela semana, concentrei-me apenas em vive-la ao máximo, sendo ela uma experiência única e irrepetível. As emoções começaram a fluir assim que chegámos: estar no cimo da Torre Eiffel a apreciar a maravilhosa paisagem de Paris, é sem dúvida bestial. Visitámos muitos outros locais da cidade de Paris, entre eles, o deslumbrante Museu do Louvre repleto de obras incríveis e o Museu Nacional de Arte Moderna Centre Georges Pompidou.
O passeio a pé pelo Arco do Triunfo e pelos Campos Elísios, e o passeio nocturno pelo Rio Sena no bateau-mouche, deram-me a perceber a força que os estupendos espaços verdes tem sobre a beleza daquela cidade. Visitámos ainda outros monumentos: o Museu d'Orsay, a Basílica do Coração Sagrado, o magnífico Palácio e jardins de Versalhes e a Catedral de Notre-Dame, que na minha opinião é um dos mais belos monumentos que já tive oportunidade de visitar.
A diversão chegou ao ponto máximo no dia em que fomos à Disneyland: nunca tinha imaginado que poderia um dia divertir-me tanto! Não posso deixar de evidenciar o Space Mountain, a actividade que mais despertou em mim histerismo puro neste parque.

O Futuroscope é um parque temático bastante interessante em Poitiers que também tivémos oportunidade de visitar, cheio de actividades encantadoras.
Posso dizer que aprendi montes de coisas nesta viagem e que tive a possiblidade de conhecer novas pessoas, com as quais me diverti imenso.
É ainda difícil mentalizar-me que estive em França, pois vivi sensações únicas, que me fazem pensar que tudo foi um sonho. Por outro lado sei que tudo foi muito real:

Eu estive em França, em Paris, na cidade das luzes, na cidade do amor.
Atrevo-me mesmo a dizer que esta viagem foi perfeita.

Amei a vossa companhia princesas <3

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Cansada

Estúpida a rotina. Estúpidas as pessoas. Estúpidas as discussões. Estúpido todo este stress. Estúpidos os sentimentos. Estúpidos os desabafos.
Estúpido este meu eu.
Cansada de tudo. Quero paz!

Paz, só isso.

...
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"We had fire in our eyes
In the beginning I
Never felt so alive
In the beginning you
You blame me but
It's not fair when you say that I didn't try
I just don't want to hear it anymore

I swear I never meant to let it die
I just don't care about you anymore
It's not fair when you say that I didn't try
I just don't care about you anymore
..."
.

I just don't care about you anymore...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Entre estrelas
.
Tão melódico este som das gotas que batem na janela. Quase encostada ao vidro, sento-me a observar a escuridão lá fora. A vontade de sentir cada uma daquelas pequenas gotículas fez-me sair das minhas quatro paredes e descer até lá fora. A chuva emanava uma agradável fragrância que me enfeitiçava plenamente. Encharcada até à última partícula , olhei para o céu; estava bastante nublado pois era difícil observar as estrelas... Então, por momentos, imaginei-me uma delas, perdida na imensidão do vazio, do tempo, do espaço, da vida... Com a irreal capacidade de voar, que não passava disso mesmo, de uma falsa realidade que me confunde permanentemente. Voava com toda a [in]segurança, presa a gravidades desconhecidas que me puxavam para o incerto, para esta atraente escuridão...
.

e acreditava sériamente que nada é impossível, que toda esta utopia pode na prática, ser real [...]

domingo, 11 de janeiro de 2009

Destruição
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Sim. É incrivelmente estúpida a minha forma de ser.
Eu sei disso, bem melhor que vocês. E, acreditem ou não, todos os dias faço um enorme esforço para mudar; e não, não é por vocês, é por mim, por eu própria não me sentir bem assim no meio destas emoções contraditórias, no meio deste paradoxo de sentimentos, e por acima de tudo não querer perder-vos de forma alguma.
Sei que a minha insistente alteração de humor torna-me mais difícil e insuportável. Sei como é díficil para vocês suportarem toda a minha teia de sentimentos, mudanças, contrariedades e confusões. Tenho ideia da paciência que de vós exploro para me aturarem. Mas por muito que me perturbe este rodopio confuso da minha maneira de ser, por muito que tente, eu não consigo mudar. Não consigo lutar contra mim própria, contra o meu defeituoso eu.
Na verdade já estou habituada a lidar com estas estúpidas alterações de humor e sentimentais. Por outro lado, para além de não controlar essas alterações, também não consigo controlar a nossa amizade. Isso derruba-me; destrói passo a passo cada pedacinho de mim. Pensar que devido à minha estúpida maneira de ser, posso perder a vossa amizade devasta-me totalmente.
E por muito indiferente, por muito estúpida, por muito parva que possa ser para convosco, acreditem que perder-vos é uma das últimas coisas que quero.
Contudo, vejo a nossa amizade esvaecer devido aos equívocos que surgem da minha parte. Devido a todas estas minhas atitudes ásperas.
Sinto que se vai reduzir a nada, e que no fim não vou puder voltar atrás; no fim, não vou puder apagar os meus erros e reconstruir a nossa amizade. No fim será tarde demais.

No fim perder-vos-ei.

Desculpem por tudo.
Amo-vos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Automatic, I imagine, I believe...

Automatic, I imagine, I believe...
__
Do you live?
Do you die?
Do you bleed?
For the fantasy;
In your mind, through your eyes, do you see?
It's the fantasy.
Automatic, I imagine, I believe!

Say it! Say it! Say it to believe
[Automatic, I imagine, I believe]
...

sábado, 3 de janeiro de 2009

...

...

Sinto o sangue a fervilhar. Sinto-o correr pelas veias, desvastando-as.
Sinto o coração bater demasiado rápido.
Sinto a raiva crescer.
Sinto as lágrimas que deslizam no meu rosto, que me invadem o coração, desfazendo-o.
Sinto-as carregadas de ódio, de tristeza...
... E afundo-me. Afundo-me nestas lágrimas sangrentas que me impedem de respirar, de sentir... de viver.