domingo, 28 de dezembro de 2008

No Limite do Ódio

No limite do Ódio

Finalmente, lápis e papel. Tenho que escrever, estou a explodir.
Sinto-me a estoirar de raiva. Apetece-me gritar, berrar bem alto até ensurdecer todas estas ditas pessoas. Quero berrar até desfazer as minhas cordas vocais, até perder a voz, até sentir que tudo à minha volta se desmoronou durante o meu súbito e inconsciente grito... um grito que é para mim devastador, mas que para todos vocês é inaudível, desprezado, completamente ignorado sem capacidade para estragos alguns. Um grito calado, um grito de ódio que se desenvolve dentro de mim e, que a cada segundo que passa dói mais, ferindo-me a alma sem dó nem piedade.
Estou tão farta. Sinto-me alérgica a seres humanos, a cada vestígio de vida racional. Sinto cada pequenino momento de alegria a escorrer-me por entre os dedos e transformar-se em pesadas lágrimas impossíveis de carregar. Não as aguento mais. Não suporto todas estas tortuosas atitudes inumanas.
Estou a ferver, sinto a fúria a crescer no meu interior, sinto que pode rebentar a qualquer momento. Sinto que todos estes arrufos estão, e agora mais que nunca, a contribuir para me transformar num ser mais que horrível, mais que indesejado; num ser ainda mais estúpido que o habitual. Sinto que pouco a pouco reflicto-me nisso mesmo, num monstro em forma de gente...

sinto que no meio de tanto ódio acabo por deixar de sentir o quer que seja.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal?

Natal?

Não estou com um único pedaço de paciência para escrever um desabafo sentimental, comovente ou algo mais parolo. Não estou com pachorra alguma para essas porcarias.
Desculpem estas expressões, mas este dia é mais que estúpido.
Natal? Que bonito!! Todos estão juntos e anseiam pela meia-noite para abrir os presentes. Tão mágico, tão único. É Natal, viva!
Até fazem montes de campanhas bonitas e tocantes para ajudar os pobrezinhos, os ditos coitadinhos que vivem na rua ou as crianças que são todos os dias vítimas de escravatura, vendidas, mal-tratadas e que vivem sem condições nenhumas, com fome, sem higiéne, sem amor, sem qualquer gesto de carinho. Para quê armarmo-nos em bondosos e meigos neste dia? Para quê mostrar um lado que para muitos não existe? - um lado falso de preocupação e bondade? Oh Meu Deus! Será que estas crianças e estas pessoas sem abrigo existem únicamente 1 dia no ano? Será que têm direito a serem alimentados apenas no dia mais bonito do ano, o mágico e maravilhoso Natal? Porquê estas campanhas de solidariedade? Para mostrarem que se lembram dos mais desfavorecidos? Não, meus amigos. Até bem pelo contrário. Esta gente, estas pessoas lembram-se exclusivamente dos mais desfavorecidos porque fica sempre bem mostrar que se é solidário, mostrar o raio de um lado sentimental que não existisse. Sim, que não existe, pois se existisse todos esses seres tão superiores que têm nas suas mãos o poder, não deixariam de todo que isto acontecesse, que todas estas pessoas sem condições continuassem assim, sem progressos alguns. Não me digam que é feito aquilo que se pode, não me queiram tapar os olhos. Não me digam que mais vale um dia no ano do que nenhum; Não me digam isso porque quem tem a coragem de o dizer é porque concerteza não tem a capacidade de sentir, e de perceber o quão desumano é viver daquela maneira. E não percebo como conseguem ignorar esta situação. Mas tudo bem. Ignorem à vontade, estão até aí, no vosso direito; mas não quando se dão ao trabalho de tentar acalmar os ânimos ao encobrir da população esta desumanidade, tentar mostrar através de iniciativas natalícias que é bom contribuir, que
para nós ajudar não custa e que para todas essas pessoas, todos os mais pequenos gestos de ajuda valem muito. Até certo ponto sim, têm razão: de facto não nos custa a nós ajudar os outros, mas para quê ajudá-los no Natal em vez de pôr em prática algo concreto que os ajude não só no dia de Natal, mas sim sempre?!
Sim. Já estou habituada a comentários do género "então se és assim tão generosa e amiga porque não fazes algo revolucionário?". E se a mentalidade de pessoas que dizem tamanha barbaridade evoluísse um pouco e percebesse que uma única pessoa não é capaz de mudar o mundo?
E eu sei que por muito indiferentes, por muito que ignorem tudo isto, toda a gente por mais fria que seja tem noção de que é preciso mudar. Então porque não mudamos? Porque continuamos de braços cruzados à espera de que algo seja feito? Porquê não passar a palavra e ter consciência de que cada um de nós pode fazer a diferença? Porquê?
Natal? O Natal já não tem magia, já não tem cor. O Natal é triste. Nós pintámos um fundo a preto e branco sem retorno possível e desta forma o pouco branco que ainda existe deste triste cenário desaparecerá por completo...

Odeio este discurso mas é inevitável fazê-lo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A Sepultura

A Sepultura

Escolhi pedra a pedra; cada grão de terra, cada insecto devorador, cada pedaço de tristeza. Elegi-os ponderadamente: cada um mais perfeito que o outro! Faltava-me o sítio ideal... um lago sangrento carregado de sofrimento e dor; uma floresta escura, sombria e ilusória, vandalizada por almas perigosas... Seria assim o local da minha fusão de horrores, o local do meu além, o local mais perfeito para construir a minha eterna sepultura. Seria irónico dizer que esse sítio me caiu do céu mas na verdade assim foi... finalmente encontrei-o; um paraíso absoluto, um reino só meu que imergia a paz do inquietante e perturbador silêncio; o silêncio de todos aqueles momentos perdidos, de todas aquelas palavras que se sumiram do meu cérebro, que foram na sua generalidade, em vão.
Longe de tudo quanto era humano, pude apreciar calmamente aquele que apatir de agora seria para sempre o meu espaço, o meu mundo... o meu nada!
Voltei no dia seguinte. Caminhei ao anoitecer até ao local que elegi com todo o amor. Estava frio... tanto frio! O caminho enlameado dificultava-me a passagem; As raízes espinhosas das árvores que se estendiam até ao caminho fizeram-me tropeçar – arranharam e feriram-me arduamente o corpo: picadas dolorosas que me queimavam a película interior, a mente!
Recolhi os deliciosos espinhos, erva por erva, e segui caminho. Depois de tantas dificuldades cheguei! Atirei-me para o chão pantanoso e deliciei-me com o seu maravilhoso paladar! Acariciei-o, saboreei-o, cavei-o lentamente. Prezei aqueles doces instantes que nunca seriam repetidos durante toda a minha vida morte. Escavei cada parcela de terra delicadamente até obter uma cova profunda, e juntei então essas mesmas parcelas em torno da cavidade. Estava de facto, uma obra de arte! Era a minha sepultura que respirava liberdade, uma brisa incrivelmente natural. Diferente sim, mas única. A única sepultura que exibia a sua mais eloquente beleza! Para que precisaria eu de uma enorme pedra em cima depois de estar morta? Para ser mais uma campa comum? De nada me serviria!!
Depois de terminada, observo-a, aprecio-a obstinadamente até chegar a uma conclusão, a uma única palavra que descreva tamanha beleza... mas é demasiado perfeita, demasiado minha! Em frente á minha [futura] sepultura despeço-me de todos os momentos, da luz do sol, da escuridão da noite, dos sorrisos insaciados, das lágrimas sangrentas e de toda a (in)felicidade... atirando-me então para o vazio, para a profunda e deslumbrante incerteza do infinito, da minha perpetua sepultura
... E vejo-me para sempre no meu tão doce e desejado fim.

... And rest in peace...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Invisibilidade

Invisibilidade

Quero ser invisível.
Quero vestir a minha capa transparente e viver o que nunca pude. Quero olhar-te nos olhos e dizer-te com a minha voz inaudível que te amo. Quero tocar-te, beijar-te com a minha doce transparência; sem que te apercebas, sem que me vejas, sem que possas soltar um horrível não à minha presença. Para quê esconder de mim mesma a realidade? Não vale a pena!
Quero, e sei que sim - eu vou conseguir! Com ou sem transparência eu vou alcançar(-te).

Não quero saber demais nada. Não me importa o que pensam, o que dizem, ou o que simplesmente desconhecem. Não vou deixar envolver-me outra vez por palavras amigas que me levaram a desistir. Sei pensar por mim própria, sei tomar decisões. Acima de tudo sei que nada é ímpossível, a não ser que eu assim o queira. E não, não estou a ver o lado mágico da situação. Estou pelo contrário, com os pés bem assentes na Terra, capaz de ver lucidamente aquilo que realmente é ou não possível. Não digo que será fácil, pois também não me quero enganar a mim mesma, mas não é de todo impossível. Eu sei que não. E nada, absolutamente nada me fará perder esta determinação.

sábado, 22 de novembro de 2008

Afastamento do que não sou

Afastamento do que não sou

Basta! Não quero continuar a ser uma pessoa que não sou. Agora chega!
Estou farta! Estou farta destes sorrisinhos de merda, destas supostas palavrinhas doces, e destes sentimentos não sentidos. Estou farta de olhares fingidos, de gargalhadas que no fundo não contêm felicidade, mas sim humedecidas lágrimas proporcionadas por desconfiança-e-medo, os tais sentimentos que desde sempre me preseguem, e dos quais procuro fugir! Repito para comigo mesma que quero e vou mudar; quero ser eu, unicamente isso. Perco-me na profundidade de razões que me cansam este eu, este falso eu. Não quero mais balbuciar palavras que na verdade não sinto. Não quero mais esconder de mim mesma, a realidade em que vivo, nem a minha realidade perante os outros. Não mais.
Agora sei que fingir ser algo que não sou, trás-me tudo menos felicidade. Agora sei que sozinha ou acompanhada, apenas serei feliz sendo verdadeira não só com os outros mas acima de tudo comigo mesma...
É só isso que quero, dar vida ao meu verdadeiro eu.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A Tua Amizade

A Tua Amizade

Não compreendo como é que podemos deixar que isto aconteça, Algodona Doce!
Não é apenas de acontecimentos recentes a que me refiro, mas desde sempre… desde aquele dia perfeito em que inaugurámos entre nós a palavra amizade!
A verdade é que, por muitos momentos inesquecíveis que possamos ter passado, por muitas gargalhadas partilhadas, lágrimas que mutuamente tentámos secar, depois de todos essas circunstâncias, há algo de errado, minha querida! Há algo que nunca percebi e que nunca hei-de perceber! Lembras-te de todo aquele tempo em que praticamente nos deixámos de falar? Aquele tempo em que estupidamente falando, teríamos morrido uma para a outra? Pois bem, depois disso, começámos a conviver novamente e todos os nossos conflitos sem razão de ser deixaram de existir… e se pensares bem irás concordar comigo! Pensei então que esses conflitos fizessem parte do passado, e por bastante tempo, fizeram! Pensei que esses contratempos “fizessem parte”, pois estávamos ainda a conhecer-nos, pensei que fosse por na altura em que ainda ditas “crianças”, não sabíamos dar valor a uma verdadeira amizade… mas enganei-me! Infelizmente, esses conflitos estão de volta, e eu não entendo o porquê disso! Agora já não! Ambas crescemos e sabemos valorizar o que é realmente importante, sabemos não desperdiçar e aproveitar tudo o que a vida tem de bom para nos dar, menos isto… Não compreendo qual o prazer de nos chatearmos desta forma! E não, não me digas que são apenas brincadeiras, porque ambas sentimos que não são! Não é chatear no verdadeiro sentido da palavra, isso não; mas evitamo-nos, ignoramo-nos, eu sei que sim! Não queria de forma alguma que as tais brincadeiras se transformassem em algo mais grave que arruíne a nossa amizade, isso não por favor! Adoro-te demais para permitir que a nossa amizade volte a escassear. Não me quero lembrar do frágil fio que há tempos nos unia. Nós reforçámos esse fio, tornámo-lo em algo muito mais forte e duradouro. Lembraste?
E sei, eu sei que tal como eu, não queres de forma alguma que tudo volte atrás, que tudo volte a ser como dantes.
Não estou a dizer que a culpa é tua, nada disso. Só quero que percebas o que sinto e o que está a acontecer, para que daqui a uns tempos não seja tarde demais. Queria também perceber o verdadeiro motivo que nos leva a fazer a isto; que nos leva a atirar bocas, a arreliarmo-nos sem necessidade para tal. Queria puder meter um ponto final nesse aspecto para que pudéssemos novamente voltar ao que éramos nestes últimos tempos, antes disto ter voltado a acontecer! Eu adoro-te, mais do que por vezes possas pensar! Adoro-te e quero preservar a nossa amizade por muito, muito mais tempo!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Tempestade de Sentimentos

Tempestade de sentimentos


Eu estava lá! Anotei todos os minunciosos promenores que me torturaram o cérebro, que me cegaram a vista. Chegaste à hora certa, tal como haviamos combinado! Eram 4 horas da manhã e tu entraste... abriste silenciosamente o cadeado das correntes que fechavam aquele portão sinistro; entraste e, rompendo toda a escuridão da noite, dirigiste-te para o baloiço!
O luar iluminava o pequeno parque, as estrelas brilhavam mais que nunca, e tu eras a mais luminosa de todas elas.
Estava frio, o vento soprava forte. Escondida atrás do arbusto, observei-te até ao último segundo; baloiçavas lentamente naquele que um dia poderia ter sido o nosso baloiço, que algum dia poderia ter sido marcado por um nós.
Sopravas de anciedade, estavas aparentemente preocupado... ninguém no seu perfeito juízo mandar-te-ía um bilhete para estares num sítio tão deserto àquelas horas da noite! Por outro lado, ninguém no seu perfeito juízo iria a tal sítio sem saber com quem estava a lidar, mas tu foste!
De repente, o irritante som rouco das correntes dos baloiços, deixou de se ouvir; meteste-te de pé e esfregaste as mãos. Vagueaste de um lado para o outro á espera de algo que nem tu sabias bem o que era.
E eu estava ironicamente feliz... num lugar tão só, estavamos apenas tu e eu. Apenas eu podia apoderar-me de ti, apenas eu podia deliciar-me com a tua incansável e perfeita beleza! Só e apenas eu!
Senti-me a escorregar... começou a chover e eu nem dei conta... O chão ficou escorregadio e lamacento. Apreciei cada gota de água que, vinda do céu, deslizava no teu lindo rosto, desde a ponta dos teus cabelos, seguindo-se pelos teus olhos cintilantes, até chegarem aos teus lábios, onde se desvaneciam perdidamente.
Depois de tamanha espera, preparaste-te para ir embora até que uma voz fria e aguda gritou o teu nome desesperadamente! Decidiste então esperar e observar a tremenda loucura diante os teus olhos.
Foi então que demasiado angustiada, saí de trás do arbusto e, a chorar caminhei até ti; estavas assustado ao assistir ao vivo à estupidez doentia de alguém que para ti não existe. Perguntaste-me o meu nome, lembras-te? Como era doce a tua voz!
O meu nome não importava, agora já de nada servia.
Senti que estavas furioso, pois na verdade não gostas de ser enganado. Propus-te que agora no meio desta roleta de perfeitos momentos, trocássemos profundamente de personalidade aqui sob esta chuva de emoções, sob cada sentimento escorregadio e molhado que nos absorve. Então, por momentos eu transformar-me-ia em ti, e tu saborearias o quão tortuoso e sufocante pesadelo que é viver aqui, debaixo da minha pele, a sofrer por alguém, um alguém que és tu! Seria perfeito, não concordas meu bem? Mas sendo já eu o verdadeiro tu, a verdadeira pessoa que se encontra para lá dessa perfeita máscara, sendo eu esse alguém frio e sem amor à vida, mutilo-me... não a mim, mas ao ser em que decidi transformar-me, Tu! Sentes a dor? Sentes cada corte nestes pulsos perfeitos? Sentes cada facada duradoura no teu meu coração? Sentes cada lágrima sangrenta que me abate dia após dia? É isso, meu amor. É mesmo essa a sensação de tortura com que me acorrentas a toda a superfície nula, imaginária a qualqer realidade! E eu, que te roubei então a frieza continuo a gozar o doce sabor que é ter-te apartir de agora, eternamente nas minhas mãos.
Como é boa esta sensação de espíritos invertidos! Como é bom saber que, tal como me fizeste sofrer, estás a passar também por toda essa dor... mas aqui comigo; debaixo desta ensanguentada detonação de sentimentos, sensações e lágrimas... onde faço de ti prisioneiro de toda a maldade!
...E aparentemente o vento ficou mais fraco! A Chuva parou, e as correntes dos baloiços silenciaram-se definitivamente. Depois da tempestade, vem a tranquilidade... o sossego que teremos para sempre no céu, no inferno, ou em qualquer outro paraíso idealizado por nós, nesta noite em que ao som da desgraça, conseguiste perceber o mundo que realmente não conhecias, meu amor!

Não é amor, é ódio!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

This is Halloween

This is Halloween (Marilyn Manson)

"This is Halloween, this is Halloween!
Pumpkins scream in the dead of night
This is Halloween, everybody make a scene
Trick or treat 'til the neighbors gonna die of
fright!

It's our town. Everybody scream.
In this town of Halloween...

I am the one hiding under your bed,
Teeth ground sharp and eyes glowing red.

I am the one hiding under your stairs
Fingers like snakes and spiders in my hair..."


Happy Halloween !

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cinzas de gelo

Cinzas de gelo
___
Sinto o sangue a fever, prestes a saltar-me das veias! Apetece-me gritar, berrar ao mundo toda a raiva, e o quão estúpida me sinto!
Sinto cada pedaço de gelo fervilhar-me no coração, que congelou definitivamente; vejo todo esse gelo todas essas correntes no contraste do meu cérebro que arde, arde incontrolavelmente.
Sinto cada cinza, cada uma dessas pequenas particulas a desfazer-se por completo dentro de mim mesma. Não consigo suportar! Estou congelada, mas arduamente queimada. E afogo-me em todo este desespero e lágrimas; dor que certamente ferir-me-ia a minha figurada alma.

... e aguardo que todos os pedaços de gelo me tranformem num só, ou se desfaçam para sempre com estas as sufocantes chamas...

sábado, 18 de outubro de 2008

Muse - Time Is Running Out

Muse - Time Is Running Out
_
I think I'm drowning
Asphyxiated
I wanna break this spell
That you've created

You're something beautiful
A contradiction
I wanna play the game
I want the friction

You will be
The death of me
Yeah, You will be
The death of me

Bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it

Our time is running out
And our time is running out
You can't push it underground
We can't stop it screaming out

I wanted freedom,
Bound and restricted
I tried to give you up
But I'm addicted

Now that you know I'm trapped
Sense of elation
You'll never dream of breaking this fixation
You will squeeze the life out of me

Bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it

Our time is running out
And our time is running out
You can't push it underground
We can't stop it screaming out

How did it come to this
Ooooh yayayayayaya
Ooooh yayayayayaya
Ooooh yayayaya oooohh

You will suck the life out of me

Bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it

Our time is running out
And our time is running out
You can't push it underground
We can't stop it screaming out

How did it come to this
Ooooh yayayayayaya
Ooooh yayayayayaya
Ooooh yayayaya oooohh


MUSE
Forever and ever.
<3

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

...

...Aqui sozinha,
anseio a tua chegada.
O vento sopra o teu nome aos meus ouvidos; sinto-me estranha, inevitavelmente apaixonada!

Vejo-te aproximar, voo demasiado alto!
Borboletas inquietas perturbam-me o estômago.

Olhas eu teu redor e não vês nada, não vês ninguem, não me vês a mim! Mais uma vez, fico à deriva nestas sinuosas ilusões... à espera de um dia em que alucinações como estas se tornem concretas realidades; à espera de um dia em que voar se transforme num movimento terrestre, em que consiga sentir o chão debaixo dos pés.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sonhos Tortuosos

Imagino-te um ser único, incomparável a alguém; um herói! Assim és nos meus sonhos!
Alguém que abusa da palavra humano, alguem que é muito mais que isso... alguém realmente perfeito, com todas as capacidades, com toda a inteligência e mais alguma! Alguém que me pertence, e que me ama da mesma forma que eu!

Consegues imaginar como são os meus sonhos? Então repara na tamanha desilusão que passo, quando acordo e me apercebo que não há esse alguém, quando descubro que estou longe de que algo tão perfeito aconteça!
Vivo constantemente neste mundo, neste sonho! Mas mesmo de olhos abertos, e com noção da realidade, noto que afinal continuas a ser perfeito! Afinal és como nos meus sonhos, mas estás longe de saber que eu existo! Desta forma, há algo que falta para completar a tua perfeição; falta-te visão raio-x, para conseguires ver a forma como o meu coração acelera no meio de tantos outros, com o simples facto de te ver passar. Algo de anormal me invade nessas alturas, em que sinto que o coração saltar-me-á do peito, outras vezes sinto que parou de bater, e que congelou para sempre com o frio que deixas naqueles momentos em que o teu olhar se cruz com o meu, mas em que tu nem sequer notas a minha existência.
E continuo a sonhar contigo por muito que me angustie, por muito que me torture... mas é impossível deixar de pensar em algo tão indescritível como tu.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Impossíveis
_
"Viver é acreditar e realizar o impossível"
Porquê que estas palavras me soam a falsidade?
Porquê que nem tudo é assim tão bonito?
Porquê que nem tudo é possível?
Porquê que temos o dom de sonhar, mas não de concretizar todos esses sonhos, todos esses desejos?
Porquê?
Encontro-me à deriva num mar de sonhos, fantasias perfeitas, onde vivo na face impossível das coisas... mas que não passa disso mesmo, fantasias, ilusões! Ilusões que doem quando acordo desse sonho perfeito que supostamente me fazia voar, sentir ... ser feliz! Acordo, e dou por mim a cair no abismo, onde deixa de haver toda essa felicidade, onde deixo de ter asas; Onde me apercebo que não vivo num conto de fadas, que sou real e estou aqui, perante tudo e todos... aqui onde tentar construir o impossível é um desperdício...
...aqui, onde viver é um desperdício.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sossego Infernal

Acordo sobressaltada!
Está frio, e muito escuro! Mal consigo respirar. O ar parece escasso! Acendo a luz, mas continua escuro... uma escuridão diferente de todas as outras, uma escuridão gélida, sufocante. Arrepio-me e depressa me ponho de pé!
Caminho lentamente pelo chão gelado do corredor, um corredor sem fim, um corredor sem luz, um corredor vazio, onde apenas o bater do meu coração se ouve.
Este som irritante deixa-me completamente apavorada, ao perceber que tudo á minha volta não existe, ao perceber que estou rodeada por um vazio silencioso, um vazio perpétuo. Só eu, e apenas eu! Por momentos, deixei de o ouvir bater. O meu coração deixa de bater; É então que um silêncio perturbador se instala!
Continuo a caminhar ao longo de todo este corredor, cada vez mais perturbada com o silêncio que se entranha na minha mente.
Acelero o passo. Não sei para onde me dirigir, só queria que a escuridão, este silêncio, me abandonasse... só queria libertar-me de todo este medo, para sempre.
Caminho cada vez mais depressa. Estou assustada. Choco contra as obscuras adversidades deste corredor, deste túnel sem fim.
Vejo ao longe grandes labaredas, que formam uma parede de chamas. Corro para junto delas! O ar é agora mais abrasador. Sinto-me a descongelar lentamente. Agora tenho luz, calor... que afastam a escuridão fria por momentos...
Apercebo-me então que é mais uma barreira, meu Deus! Uma barreira de fogo, que tenho de atravessar. Mas se o fizer, morro!
A escuridão ou a luz? O frio ou o ar acolhedor do conforto?
A Vida ou a Morte?
O tempo não pára, é cada vez mais escasso. Não posso gastá-lo ao questionar-me com inexplicáveis reflexões! Tenho que tentar, não posso perder mais tempo!
Quero e vou conseguir ultrapassar esta barreira, tenho que arriscar. Recuo alguns passos, e ganho tento ganhar coragem; Não consigo, é difícil demais! Que desespero! Não posso ficar aqui para sempre, neste corredor sem fim... Não há alternativa, é a única hipótese de escolha!
Mentalizo-me mais uma vez, e avanço rapidamente contra a parede de chamas que se encontra à minha frente, encostada a mim, e na qual estou agora introduzida, rodeada de monstruosas chamas, asfixiada por este calor mortífero! Estou em chamas, estou a arder! Movo-me entre esta espessa camada de fogo, à descoberta de algo a que possa chamar de vida!
Estou a morrer, sinto-me em cinzas. Estou num inferno em chamas, um inferno sufocante que me corta a respiração.
Como é possível que aqueles insignificantes segundos se tenham transformado em tortuosos milénios da minha vida? Sou cuspida para o chão pelas ensanguentadas labaredas que me absorveram. Pouco a pouco sinto oxigénio à minha volta. Estou de volta a este mundo, sem chamas. Sinto o ar a ser inspirado por algo que não está em mim. Estou no lado de lá das chamas. Estou em cinzas, não sinto o corpo. De olhos abertos tento ver o que me rodeia... Já não há escuridão, já não há frio, já não há medo. Estou imóvel, nem pestanejar consigo! Sinto-me feita de barro, uma peça sem vida, sem reacção, sem nada. A dificuldade de respirar é descomunal... não consigo ver, não consigo ouvir, apenas consigo sentir que me estou a afogar neste cheiro a queimado, nestas cinzas, neste nada que sou eu!
E aqui, estática e apavorada, espero pela chegada do fim que me há-de levar para sempre, para as verdadeiras chamas, a morte... Espero por esse momento, um momento que roubará tudo aquilo que dificilmente ainda me resta!
Não posso dizer que venci, mas ainda posso dizer que tentei.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ilusões
___
Perguntas, Interrogações
Este medo de continuar...
Esta insegurança que me consome,
Sentimentos que não têm fim.
___
Tantas pessoas, tantas sombras,
Tantos acontecimentos, tantas incertezas...
E agora, o Mundo!
O Mundo que não passa disto,
De inseguranças perturbadoras,
De medos inconcebíveis,
De incertezas inaceitáveis...
Sentimentos que não têm fim.
___
Oh, Tremenda Ilusão!
Assustadoras fantasias
Que se absorvem do meu ser,
Um ser que existe, mas não vive.
Um ser que morre, sem nascer.
___
Uma realidade ilusória
De impossibilidades concretas,
De impossibilidades absurdas!
___
Isto é o meu mundo,
Do qual preciso de fugir,
Do qual quero desaparecer.
__
Apenas desaparecer...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Perfeições
___ Nunca! Sem dúvida que nunca me esquecerei de todos aqueles instantes passados com vocês!
Saber que entre todas as discussões, adversidades, distúrbios, saber que entre tudo isso se encontra uma amizade como a nossa. Saber que por muitos altos e baixos que existam, esta amizade não terá fim. Saber que com qualidades, defeitos, todas nos aceitamos umas ás outras, saber... saber de tudo isso, deixa-me assim, feliz!
E um dia, iremos (re)viver o passado, aquelas gargalhadas, aquelas palavras... aqueles momentos mais que perfeitos passados com vocês! Momentos que ficarão para sempre gravados nas nossas memórias; Momentos que um dia irão trazer saudades, lembranças que serão recordadas com sorrisos rasgados, lágrimas de alegria, saudade... saudade de todos estes tempos, de todos estes instantes minuciosos, únicos...
...De todos estes momentos que nos fazem crescer :)
Amo-vos

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

[In]Sensível

Sim, tens razão.
Não vale a pena falar, não vale a pena sequer pensar.
Agora, nada vale a pena. Afinal, aqui quem te insulta sou eu, a má sou eu! Não é assim?
É estúpido demais deixar-me enganar assim pelas pessoas, por meras palavras que não valem nada! ... É estúpido, mas é a realidade!
Mais estúpida ainda sou eu, por me deixar atingir desta forma, por deixar que o meu coração sangre desta maneira...
Mas agora acabou, quero ser feliz e não é por me ignorarem que vou deixar de o ser.
A minha sensatez chegou ao fim. É dito e murmurado que a minha maldade já não tem limites... Portanto censurem-me, critiquem-me, repreendam-me. Façam o que bem vos apetecer, mas eu não vou mudar a minha maneira de pensar, não vou deixar que me façam novamente cair numa escuridão ainda mais negra que esta; Não vou!

Não quero saber demais nada! Quero apenas tentar recuperar o que por ti perdi, tentar reaver quem realmente me fazia feliz, aquelas amizades verdadeiras que por tua causa, consegui perder!
Agora que finalmente, na minha cabeça fazes parte do passado, só uma dúvida ainda persiste: Como é que algum dia pude chamar-te de melhor amigo, confiar em ti, pensar que podia contar contigo? Como? É estúpido chegar a esta conclusão só agora, não é?
E não, não vou desejar que sintas na pele a mesma dor que me fizeste sentir. Ao contrário de ti, a minha maldade tem limites... E eu não os ultrapasso!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008


"I scream into your face, I scream into youur face until,
My veins are bursting through, prisoners that live under my skin,
They call, out my name and anger takes it's hold
It's hold, but it wont stop coz I have no control,
I have no control.

It calls, calls out my name,
It holds, it holds, it holds me down.

I stare into your eyes, I stare into your eyes until,
The tears start to pour rivers down your face I can't ignore,
It calls, out my name and anger takes it's hold,
It's hold, but it wont stop coz I have no control,
I have no control

You say, your way
Was the only way to be..."

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Cadeados
___
"Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela"
Acho que Deus me fechou as portas, janelas a 7 chaves...
Chaves que eu perdi, e agora restam-me todos estes cadeados por abrir!
Mas não compreendo!
Oh Meu Deus, porque me fizéste isto?
Porque não tenho a mesma oportunidade que os outros para me libertar,
para fugir daqui, e largar tudo isto?
Porque me acorrentas o coração, Meu Deus ?
Dá-me a chave, por favor!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Facadas
____
"Porque estás assim?"_ "O que tens?" _
"Estás a chorar?"_"Estás bem?!"
Para quê fazer perguntas desnecessárias?
É assim tão difícil de perceber o 'porquê' ?
É assim tão difícil satisfazer a única coisa que peço?
"Não me mintas"
...
As mentiras são facadas que me espetam no peito.
Uma dor muito forte percorreu-me o coração! Levei a mão ao peito e nela ficaram impressas marcas de sangue. Sangue derramado pelo meu peito, pelo meu coração. Aquelas gotas cheiravam a dor; Gotas de sangue sentido!
Perdi as forças, cambaleei lentamente até cair. Os meus joelhos apoiaram-se no solo, e esmorecido de dor, o meu corpo acabou por chocar com o chão.
Aquelas facadas incapacitaram-me para todo o sempre. Facadas psicológicas, sentidas com o coração... facadas que me cortaram o ar, que me impediram de viver.
Naquele momento, ali perante todo aquele sangue derramado, perante todas as lágrimas vertidas pela alma, eu já não era nada. Senti-me perdida, pestanejei durante breves segundos, e instantes depois, senti-me a morrer.
Hoje, sinto ainda todas aquelas facadas. As feridas sararam, mas as cicatrizes... essas nunca serão esquecidas. Não consigo controlar minha mente. Não consigo apoderar-me dela... o que eu dava para apagar todas estas cicatrizes; cicatrizes sem fim, gravadas no pensamento, no coração...
As cicatrizes ficaram, as feridas jamais.
As feridas serviram para, mais uma vez, perceber o quanto estava errada em relação a ti. Fizeram-me perceber que não posso mais voltar a confiar, voltar a sorrir, voltar a amar. Estas feridas magoam, ensinam... e com elas aprendo a viver. Agora sei o quão estúpida fui por depois de tudo, ter voltado a confiar noutro alguém. Mas agora não... Não voltarei a depositar qualquer tipo de confiança em quem quer que seja, jamais voltarei a ser o que era! A Libelinha morreu, agora sobram os restos de um ser incompleto, um ser que sempre procurou a felicidade. A felicidade que sempre, sempre lhe fechou a porta.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Transparência silenciosa

O silêncio instala-se novamente. Não consigo! Não consigo passar por tudo novamente!
Não consigo sequer pensar que aquele ruído inquietante voltou!
Sinto-me rodeada por desconhecidos, sozinha no meio de tudo, no meio de nada! Não conheço ninguém, ninguém me conhece.
Sou invisível; Estou resguardada pela transparência! Uma transparência que só eu vejo, que só eu [não] sinto! ... Uma transpârência que me enfraquece, que me destrói.
A mente está presa, o corpo não reage. Sou prisioneira do mundo, do meu coração, de mim mesma!
Não consigo ouvir nada, nem o meu próprio grito! O meu grito silencioso, o silêncio ensurdecedor que me afasta de tudo! O grito de revolta, o silêncio de pânico...

sábado, 23 de agosto de 2008

Rodopios da incerteza

Cheguei ao novo inferno
Um inferno, onde a escuridão lidera!
As chamas já não são quentes.
Aqui, as chamas congelam-me o interior,
congelam-me o cérebro, o coração.

O calor tornou-se sombrio,
As chamas mentais cessaram,
A paixão tranformou-se em ódio.
A verdade colide comigo.

O vazio cegou-me os olhos
O sabor secou-me os lábios,
A fragância impede-me de respirar!

Aqui, tudo é gélido e incerto...
Aqui, tudo me magoa demais a mente!
Aqui, os começos são limitados.

Neste inferno tudo morre, nada renasce.
Perdi todo o calor que me fazia sorrir...
Perdi o inferno perfeito!

[Agora resta-me o escuro, o vazio, o nada].

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

As tais palavras...
____

Há pessoas que não vêem, há outras que não querem ver!
Há as que complicam, e outras que gostam de o fazer!
E eu aqui, olho em meu redor, observo as atitudes, as palavras, os gestos... E tu desse lado, fazes me pensar nos porquês de tudo isto, nas dúvidas, nas confusões, nos momentos... Tu que finges não perceber, tu que ignoras a realidade, tu que me dás asas, e que de um momento para o outro tens o agrado de mas tirar.
Tu que dizes, que fazes... mas que não sentes!
Não sentes nada do que dizes sentir, nem do que fazes.
Finges que não vês, finges que não percebes...
Mas eu conheço-te...
E é por te conhecer tão bem que estou farta;
Estou farta das mentiras dessa tua boca,
Cansada de pensar que desta vez estás a ser sincero...
E na realidade, a tua sensatez não passa de uma ilusão criada por mim para fugir à verdade!, uma verdade que estou farta de esconder... mas uma verdade que tu provávelmente não sentes, e dizes sentir com um sorriso no rosto! Mas essas palavras são falsas!
Só me pergunto porque raio de razão as dizes, porque raio de razão me fazes senti-las?!
Porquê que ages, sem saberes aquilo que queres?
Porquê?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Momentos

Momentos indescritíveis,
Momentos em que o silêncio supera as palavras...
Momentos em que a consciência se esgota,
Momentos em que apenas com o coração se sente.


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

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A Preto e Branco
___
Perco todos os sentidos ao observar esta tela! Fico sem forças, sem reacção, sem vida.
Este contraste é demasiado perfeito, mas tão perturbador, tão inquietante! Capaz de me incapacitar a mente.
Luto por me manter consciente nestes momentos de absoluto delírio... Este desalento é bastante forte, sinto-me a desfalecer. Estou hipnótizada pela ausência das cores, onde só o sofrimento, a dor expressa pelo preto, e a paz... o branco da paz que eu tanto ambiciono alcançar! Os opostos unem-se, o pânico é cada vez maior a meus olhos... Quero paz, sossego! Quero livrar-me deste ódio que me rodeia, das confusões dolorosas! Esta escuridão devoradora atordoa-me o cérebro, sinto-me incapacitada para o quer que seja. Não tenho forças para nada, falar magoa, pestanejar magoa, respirar magoa. Estou perdida; Perdi-me nas trevas do pensamento, nas sombras do meu renovado eu.
Oh senhor, tu que tens o poder misterioso e enigmático, tu que concentras em ti todas as forças do desconhecido, finaliza os sussurros aparentemente silenciados mas que gritam de dor cá dentro, dentro de todos nós!
Estou cansada destas inevitáveis lágrimas, as lágrimas que acabam por não cair, que são contidas no coração, que se apoderam da razão obscura... a tal capaz de dominar a minha vida...! Lágrimas que surgem quando algo morre, quando há um fim.
E numa pintura que retrata episódios reais da minha vida, assisto pouco a pouco às alterações sentidas. Agora vejo o tempo que passou, vejo o sangue derramado, as lágrimas transactas de tempos sem fim, de anos a fio, de momentos que cessaram, sentimentos que morreram.

sábado, 16 de agosto de 2008

______
"The game is to free fame
The mental picture and let it be shown
It looks a lot like this
And I can't bear to look alone
There's a little inside
That we never really know
Till the hole gets deeper and it starts to show
There's a part of you
That likes to feel it too
Just like we always do

I cry but I can't explain
Why I never be the same
I know I'm just another face in the crowd now
Yeah I'm invisible
"

...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A Peça de Teatro

É estranho. Mais do que estranho, é estúpido!
Está tudo doido... nada faz sentido.
Nada é igual, ninguém é como era; Tudo tem outro rumo, outro objectivo, outra vida.

Todas as palavras, todos aqueles momentos são agora recordados em lágrimas! Lembro-me frequentemente de promessas feitas, da troca de carinhos, palavras que nos faziam sentir bem, unidas... Uma amizade que jurámos nunca ter fim. Lembras-te?
E aquelas gargalhadas estúpidas, aquelas que faziam com que todos ficassem a olhar para nós com inveja da nossa felicidade, da nossa união.... sorrisos que, comigo ficarão para sempre! Mas que tu provávelmente esqueceste! Será que te esqueceste também de como nos adorávamos? E agora? Como é que esse carinho se transformou em ódio? Sim... Eu sei perfeitamente que no teu ponto de vista, a culpa de tudo isto é minha... mas não é, e sabes porquê? Porque ao contrário de tudo aquilo que possas pensar, eu ainda sou um ser humano, tenho direito de errar! E tu, tu que falavas num filme de terror que te assombrava constantemente, esqueceste-te que eu tambem fazia parte desse mesmo filme, que eu também estava na parte sombria da história. Há coisas que o tempo não cura, e ambas sabemos que não vale a pena continuar a tentar... Chega de fingimento, de cinismo! Não consigo viver tentando-me convencer de que um dia tudo voltará a ser bonito! É estupido pensar assim, é estúpido tentar pensar em algo que é completamente impossível, pois só causará mais torturas mentais a mim mesma. Estou cansada de todo este teatro que temos vindo a construir, desisto. Não sou boa actriz, não sei nem quero continuar a representar.

Fecharam-se as Cortinas.

sábado, 9 de agosto de 2008

Tranquiliza-me

A desgraça ascende-se. Tenho medo, tanto medo!!
Sinto-me viva por um fio, numa corda muito fina, na qual me tento equilibrar para não cair! Um medo aterrador presegue-me desde o inicio da corrida. Sinto-me a cair; este fio é tão escasso, tão fino, tão perturbador... Mentalizo-me de que cá em cima é a vida e, se escorregar morro. É difícil aceitar toda esta pressão...
Problemas e mais problemas! Será que algum dia terei paz? Para quê mostrar um sorriso na cara se por de trás deste estúpido e cínico sorriso, são derramadas lágrimas?
Lágrimas incontroláveis, que só eu sei como doem...

Vocês que melhor me conhecem! Porque finjo que está tudo bem, se sei tão bem como vocês que nada é assim tão bonito e maravilhoso como idealizamos? Porque partilham comigo apenas os bons momentos? Sou assim tão criança, tão incapaz de perceber a realidade?
Sim, é estúpido fazer todas estas perguntas ao blogue e não a vocês mesmos... E a coragem? Onde está a coragem necessária para vos enfrentar?
Enquanto que para vocês ainda não cresci, enquanto sou demasiado frágil e sem experiência, e enquanto não posso dizer-vos o que penso, e explicar-vos o quanto a minha mente vos percebe, é aqui, apenas aqui que desabafo estes pensamentos que me aterrorizam!
Eu sei, eu sei de tudo! Absolutamente tudo... e pergunto-vos porquê? Porque se preocupam tanto com todos esses bens supérfluos? Porque te preocupas tanto connosco em vez de olhares por ti, em vez de te preservares?
Peço-te por tudo... Não te preocupes com isso, pai. A minha felicidade depende da tua, e quero-te ao meu lado pra puder ser feliz. Simplesmente não te preocupes mais; deixa-os morrer de egoísmo, deixa que se afoguem em estupidez!
Não te preocupes. Sê feliz connosco, nós que te amamos .

domingo, 3 de agosto de 2008

Memórias

Encostada à porta observo tudo isto, o meu quarto, o meu mundo, o meu eu.
Só estas quatro paredes sabem pelo que passei, nelas estão gravadas todas as lágrimas que derramei, as felicidades sentidas... olho-as com tristeza, pois vejo-me a viver tudo de novo. Malditas gravuras, recordações que me esmagam o coração.
Esta música entristece-me! O poder melódico apodera-se de mim. Os sentimentos misturam-se, as memórias permanecem... Recuo no tempo, imagens e sensações surgem novamente. Recordo-me de tudo isto sem conseguir parar. Corro para o canto do meu quarto, pego na caixa de recordações... Vejo-me a regressar ao abismo.
Estas fotos afligem, as lembranças matam-me.
Sinto-me a delirar. Não consigo controlar os pensamentos, não consigo conter as lágrimas. Sinto-me estúpida, e inútil! Não aguento [re]viver todas estas agustias, não suporto novamente esta estúpida maneira de pensar.
Não quero mais estar aqui. Esta pressão é inaceitável. Adorava libertar-me para sempre de todos estes medos, estas horriveis recordações! Quero libertar-me de todos aqueles momentos, de todas aquelas palavras, sentimentos! Quero apagar o passado; Necessito de o acorrentar para que jamais volte para me arruinar... Mas isso é impossível, pois por mais voltas que dê, é impossivel esquecer, é impossível fingir que tudo está bem, quando na verdade não está. As questões voltam a surgir, mas as respostas teimam em desaparecer.

Será que foi tempo perdido?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

...

31 de Julho.
De facto, o tempo passa a correr...Vejo-me a crescer, ao contrário de outras pessoas que pensam que estou cada vez mais criança, mais infantil. Eu não concordo. Existem diversas fases na vida, as quais nós não podemos escolher se por elas queremos passar ou não.
14 anos de memórias, de felicidades, tristezas, sorrisos, lágrimas... Diversas situações, momentos com os quais aprendi a crescer, independentemente de parecer ou não.
Vejo os dias a passar, o tempo é cada vez mais curto, escorrega-me entre os dedos, e eu não consigo alcançá-lo.

domingo, 27 de julho de 2008

Sensações

Sinto-me doida, ensandecida por completo.
É incompreensível esta forma de estar, de ser... Não me compreendo. Pensamentos soltos invadem-me a alma de uma só vez... Tudo é demasiado estranho, demasiado difícil de compreender! Cada vez mais apercebo-me do quanto é difícil sobreviver.

Diversas perspectivas atropelam-me o cérebro! Estou confusa, não sei o que pensar, não sei quem sou nem o quero. Já não sei de nada. Agora choro, e daqui a pouco, sorrisos misteriosos apoderam-se do meu rosto.
Não compreendo estas mudanças aberrantes! Mas de uma coisa estou mais que certa: ESTOU FARTA! Não aguento mais estes desatinos sem sentido algum que me deixam completamente desorientada.

...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Correntes finais

Acordei. Olhei para baixo, e vertigens esmagadoras apoderaram-se de mim.
À minha frente brilhava uma luz intensamente forte, era o Sol. Podia observá-lo através de uma janela com grades que se encontrava diante a mim. Através da janela, vi a altitude em que me encontrava; Eu estava perto das nuvens, lá em baixo tudo era pequeno e distante. De repente caio em mim! Olho para cima e vejo os meus braços a sangrar; Estava acorrentada pelos pulsos, dei por mim a oscilar lentamente. Entrei em pânico, lágrimas contínuas deslizavam pelo meu rosto. Não sabia o que fazer, era demasiado apavorante encontrar-me em tal situação.
Milhares de pensamentos obscuros percorreram o meu cérebro, questões indeterminadas apoderaram-se de mim.
Olhei em meu redor e reparei que estava escuro, muito escuro. Apenas a luz do Sol fazia com que eu me pudésse aperceber onde estava.
Era um compartimento estranho, reparei que tinha forma circular, e que eu me situava no centro... Um cenário arrepiante, do qual eu fazia parte. A sala estava vazia, obervavam-se apenas muitos insectos, correntes e pó, muito pó que me dificultava a respiração. Aquelas paredes em pedra, e os ruídos que delas surgiam, aterrorizavam-me.
Acorrentada sem puder escolher, sem conseguir pensar. O tempo estava a esgotar-se. Eu teria de arranjar uma forma de me libertar daquelas correntes que me aprisionavam os pulsos por de cima da minha cabeça... Mas era impossível conseguir tal coisa! Eu ficara cada vez com menos forças, os meus pulsos sangravam cada vez mais.
Gritava por ajuda, mas ninguem me socorria. A minha voz ecoava naquela sala, na minha cabeça! Não dei pela noção do tempo, mas passei horas indeterminadas a gritar socorro. Foram diversas vezes que, ali parada, inconscientemente de tudo, via o nascer do sol, sentia o anoitecer. Foram vários os dias de sofrimento, de espera, de pânico.
Mas o tempo era limitado, eu não era suficientemente forte para aguentar mais tempo o frio do anoitecer, a sede, a fome. A falta de forças, esgotou-me... aquela posição vertical permanentemente, a oscilação constante com o objectivo de alcançar o chão.... era demasiado insuportável.
Não sei o que aconteceu depois. Recordo-me apenas de estar caída naquele chão coberto de poeira, e rastejar até ao outro lado da sala. Lá estava um grande espelho no qual vi o estado em que me encontrava. Estava branca e os meus lábios roxos tremiam. O espelho reflectia um corpo mais além. Tentei aproximar-me rastejando mas parei a meio. Não tive forças para mais... E vi então que, ali no meio daquele compartimento, estava o meu corpo, imóvel. Estava pálido, extremamente esquelético. Aquele rosto desfigurado era meu, eu vi, eu senti. Era eu que estava ali deitada, quieta, rodeada de sangue sem me conseguir mexer. Aquele corpo era meu; eu estava morta. Foi então que, tentei gritar de desespero e assim apercebi-me que já não tinha voz.

Se aquele corpo era meu, então como era possível estar a vê-lo, estar eu própria a ver-me morta? Não consegui raciocinar. Avistei uma porta de ferro ao fundo da sala em que me encontrava... Tentei pôr-me de pé, mas mais uma vez: tentativa falhada.
Já não valia a pena tentar mais. O meu corpo já estava morto, a minha mente apavorada.
Para quê tentar alterar o destino?! Lentamente, o meu rosto aproximou-se do chão e a capacidade de viver ausentou-se. Senti o sangue parar de circular, senti-me fria como o gelo.
Deixei de respirar.

sábado, 12 de julho de 2008

Mudança sentimental

Não, hoje não vou fazer um daqueles bonitos discursos cheios de lamechices e lágrimas.

Apetece-me correr, mas mal sinto as pernas, estou cansada... Então, descanso aqui debaixo desta árvore, entre todas estas magnificas flores. Observo tudo o que me rodeia. Ao sabor do vento, tudo parece mais rápido. Esta agitação é assombradiça. O vento choca com o meu pálido rosto; Um arrepio glacial ascende-se em mim... Está frio, muito frio! Olhando para cima, vejo o Sol; Está escondido entre os troncos da árvore, apenas a sua luz intensamente brilhante se apodera dos meus olhos. É um momento único, o Sol está finalmente a brilhar... mas longe, bem longe de mim. De qualquer forma, consigo agora avistá-lo. Não queria de modo algum perder de novo esta luz brilhante capaz de iluminar os constantes dias sombrios por que tenho passado, mas sei que mais cedo do que imagino, a escuridão voltará para me abater novamente... Não consigo perceber porque tal acontece... porque tenho de me sentir culpada por tudo? porquê que a culpa será sempre minha? Talvez porque me culpo demasiado? Sim, talvez; Consigo agora atingir tais conclusões. Não vale a pena continuar a chorar, a gritar, a lamentar-me por tudo o que me acontece, por tudo o que fiz e continuo a fazer de errado. Afinal, errar é humano, certo? Não matei ninguém, não roubei; Então, porque razão tenho eu de sentir que o mundo me caiu em cima, se apenas errei?... que eu saiba, ainda temos o direito de errar! E por muitos erros que eu cometa, por muitos arrependimentos, por muitos incidentes, nada pode ser suficientemente mau para me pôr no desgraçado estado melancólico em que me costumo encontrar. Para mim chega, fartei-me. Fartei de me sentir culpada por tudo o que acontece de mal, fartei-me de chorar por pessoas que de mim não merecem nada, fartei de me queixar da miserável vida que levava devido ás asneiras que fazia (e que continuo a fazer). Agora cansei-me! A minha paciência esgotou. Há de facto, quem tenha a mania da perfeição, quem pense que é superior a todos, e que tem capacidade para julgar quem quer que seja. Mas não passa disso, de uma mania. Pois na verdade, ninguem é perfeito o suficiente para não errar, nem ninguem é perfeito o suficiente para poder julgar o que está certo ou errado. Na realidade, todos erram pois ao contrário do que muita gente pensa, a perfeição está longe de existir. Portanto, ninguém pode ter a capacidade de continuar a deitar-me abaixo, mandando bocas estúpidas, que me atingem fortemente.
Mas agora... agora não. Não há medos que me consigam derrubar tão facilmente como no passado, não há ninguém que me impeça de voltar a sorrir, de voltar a viver.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O Desejo de Voar

Não sei o que ainda faço aqui... Não sei porque ainda cá estou.
Agora percebo que afinal a minha existência não passa em vão neste horripilante paraíso... Afinal a minha presença é sentida; A minha presença é perturbadora não só para alguns, mas sim para todos os que me rodeiam.
Quem me dera que o arrependimento matasse, já que a culpa ninguem me tira.
Eu sei, eu sei como desejavam que me evaporasse, de certeza que não o desejam mais que eu... Mas por muito que me doa tudo o que fiz, tudo o que faço, e por mais que eu queira acabar com a minha parte deste maldito jogo de regras ridículas, eu não consigo. Sou cobarde demais.
Por vezes, fico surpreendida com a minha própria idiotice! Quando tudo está mais calmo, entro eu em acção para estragar novamente a serenidade que se fazia sentir... Se não for comigo mesma, é com as pessoas de quem mais gosto, os poucos a quem ainda posso chamar amigos.
Que tristeza! O meu auto-controlo está a esvaecer-se segundo após segundo.
Não consigo orientar estas forças que me fazem esquecer a razão... Forças demasiado poderosas, demasiado incontroláveis capazes de destruir tudo aquilo que faz parte de mim. Mas quais forças... as forças do meu cérebro que age sem pensar? Oh, essas... estão mais acabadas que eu própria!, desfeitas como esta areia que escorrega entre os dedos; esta areia, estas partículas tão pequenas, mas com a capacidade de construir dunas, muralhas que me impedem de ver a realidade que se encontra lá ao longe, muito longe de mim; Longe de tudo o que existe, de tudo o que não existe...
Nestas alturas, tenho uma extrema necessidade de voar, voar sobre todos estes contra-tempos, fugir de todas estas confusões! Estou farta ... estou farta destes distúrbios que não me largam... Ou melhor, que eu não consigo largar! Preciso de asas, quero sentir, quero sorrir, quero viver, sem pensar nos problemas, nas agitações emocionais, nos arrependimentos constantes...
Só gostava de ter asas e saber voar...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Passado do verbo Viver

Estou aqui. Sim, aqui sentada neste lamacento chão, onde aguardo que me espezinhem.
E sabes o que faço enquanto isso? Estou a pensar na coisa mais estúpida que [te] consegui fazer. Tal como me disseste no outro dia, “Conheces-me, ou pelo menos eu julgava que tu me conhecias, tal e qual como eu te conhecia”… Não podias estar mais certa! Na verdade tu já não me conheces… eu própria não me reconheço, quanto mais tu… Tu que confiaste em mim, e depositaste em mim todo o carinho. Éramos as ditas “melhores amigas”; Tu que nunca pensaste que eu fosse assim, assim tão ordinária.
Hm, agora fiz-me rir a mim própria… Eu? Ordinária? Qual quê… Eu sou apenas uma estúpida “pessoa”, que tal como eu já to dissera, não merece nada!
Lembraste em tempos quando, no meio de todas as nossas brincadeiras, de todas as nossas parvoíces, eu te dizia que um dia iria acabar por te perder, por perder a tua amizade… lembraste disso? Lembraste também daquele momento em que eu estava destroçada, em que para não variar, tu me ajudaste, e eu dissera que a única coisa que sabia fazer, era afastar de mim as pessoas de quem gosto? … E agora, lembraste de teres dito que isso nunca iria acontecer entre nós? Pois é, o pior de tudo é que aconteceu. Eu mostrei-te ser uma pessoa que não era, nem sou… O monstro que sou hoje, estava disfarçado com pequenas nuvens que por vezes mostravam o sol, e era aí nesses momentos de céu aberto que conseguias ver parte do que verdadeiramente sou. E agora, os períodos de chuva, de céu nublado, desapareceram… Agora podes ver quem eu realmente sou, quem efectivamente escondi ser.
E o que me dizes tu? Oh, pois bem, que te desiludi, e razões não te faltam para o dizeres; Apoio-te incondicionalmente! E logo eu, que odeio pessoas mentirosas, cínicas… e agora eu própria sou assim, completamente repleta de cinismo. E por muito que me custe admitir, ambas sabemos que a verdade é essa. Não lamento que isto tenha acontecido, pois tens todo o direito de saber verdadeiramente quem são as pessoas que pensavas conhecer… E que agora desconheces totalmente. Podes pensar que é ironia minha dizer que te menti para o teu bem, porque não queria que sofresses; Mas agora aconteceu completamente o contrário. Descobriste da pior maneira quem eu era, a pessoa que já várias vezes te tentei mostrar que sou, mas à qual tu dizias "Rebaixaste demasiado, tu não és assim, Libelinha. Difamaste a ti própria…" Lembraste destas palavras? Que pensas agora delas? Não, Não é preciso que respondas… eu sei qual é
a resposta! Sei perfeitamente o quanto te menti, o quanto te decepcionei. Não vale a pena tentar aquela “quando estamos apaixonados, não pensamos”, pois como já aqui foi dito, para mim o amor não existe. Talvez o carinho por terceiros, se tenha tornado em completa estupidez da minha parte… Uma estupidez tremenda, que me atormentou a mim própria. A verdade é que eu deixei-me levar, por palavras meigas, por mentiras nas quais eu acreditei, não pensando na indecência que te estaria a fazer. É verdade, fui egoísta, pensei só em mim, e isso saiu-me caro… Com isso, perdi-te a ti, a pessoa que sem dúvida, mais me apoiou quando todos me viraram costas, a pessoa que esteve comigo sempre, e sempre… a pessoa da qual tive o maior prazer do mundo em chamar de melhor amiga, mas que infelizmente, já não o posso fazer, pois sei que o que fiz não se faz, e que nem merece perdão. Não te peço que me perdoes… Aliás, não tenho o direito de te pedir o quer que seja. E sei que agora, não acreditas sequer numa palavra vinda de mim, mas por favor, acredita que te adoro e que és demasiado importante para mim. A nossa amizade pode estar fechada por um Fim, que nunca mais terá possível continuação, mas por muito mal que eu te tenha feito, por muito que eu te tenha desapontado, a verdade é e sempre será esta, Tu és das melhores pessoas que pude conhecer!
Não te vou pedir desculpa pelo que aconteceu, porque como já te disse, sei que não há maneira de me perdoares.
Resta-me agradecer-te por toda tua bondade, por tudo o que por mim fizeste e que guardo comigo com muita ternura.

Adoro-te minha Gotinha de Água.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

__________O Jogo Perigoso

Há 14 anos atrás lançaram os dados; O jogo tivera começado.
No início não tive escolha, a única hipótese era jogar. Ao continuar o jogo apercebi-me, de que haviam várias casas de sofrimento, e os dados não ajudavam...
Nas últimas casas em que caí, havia cenários de desespero, de profundos pesadelos. E aqueles sons silenciosos, ensurcedores... Aquele escuro atormentador, o cheiro a queimado... seriam as chamas do meu interior a chamar pelas trevas?
Enquanto o tempo passa, os dados rodopiam, e tal como eles, eu giro, caio e espero que me levantem, espero para puder prosseguir o jogo... um jogo que continuava mesmo sem mim, um jogo que tem regras e têm de ser cumpridas: o tempo não pára; O fim é imprevisível...
Porquê que as regras são inalteráveis? Porquê que cada fase do jogo é mais difícil que a anterior? Que jogo tão idiota! Regra base: Viver ... Talvez queiram dizer sobreviver, não?
Sem outra opção de escolha, temos de continuar a jogar, lutando por aquilo que queremos, seguindo os nossos objectivos, e tentanto ser felizes... mas as regras deste jogo são muito injustas, demasiado complicadas. Ás vezes, damos por nós a perguntar porquê que tem de ser assim? Não existe explicação... É a lei [da vida] do jogo.
Os dados traiçoeiros deslizam sobre este tabuleiro... o tabuleiro do passado, do presente, o tabuleiro que trás o passado de volta para amaldiçoar novamente esta incógnita a que todos chamam de futuro... Futuro, as pérfidas fases desconhecidas que me queimam, que me ferem, que me magoam, que me matam. Eu morro, volto a morrer, mas o jogo parece não ter fim. Mas é em minha posse que está o poder. Sou eu que comando o meu jogo, O poder altivo que comanda a vida, a minha vida. Mas eu posso acabar com as inalteráveis regras... Eu sou a suprema Libélula, apavorada com todas as regras, mas com o poder de as quebrar, com o poder de pôr fim ao jogo.


quarta-feira, 25 de junho de 2008

Sentimentos

Os pensamentos perderam-se; As emoções esgotaram-se; Os sentimentos morreram.
Nada mais ficou.
Agora olho para trás, e vejo o tempo perdido, o tempo que gastei com pessoas que não merecem sequer desprezo... que simplesmente não merecem nada. Agora vejo o que sempre tentei não ver: A amizade não passa de um fingimento, não passa de gestos que nos tocam, que ficam, e que nos magoam... e que dificilmente serão esquecidos. Os gritos, o silêncio, os gritos e o silêncio.... As palavras que melhor conseguem descrever-me; Pois é neste mundo que eu vivo, o meu mundo... Em que estes restos de mim vagueiam no silêncio de gritos sussurrados por estas vozes distantes, demasiado longínquas, mas totalmente presentes em mim. Sim, é isso mesmo... Eu estou louca; Todos estes disparates não passam de barbaridades para vocês leitores... mas para mim, são devaneios que fazem todo o sentido; Porque na realidade, é assim que eu vivo, é isto que eu sinto.

Sinto? Mas eu não sinto; O verbo sentir deixou de fazer parte do meu ser há já bastante tempo. Muitos momentos, muitas emoções, muitas pessoas se apoderaram do meu coração, e roubaram-mo. Roubaram-me o sentimento, aquilo que me fazia viver, sentir.
Preciso de calor para secar estas lágrimas... mas eu não sinto, o meu corpo nao sente. Estas lágrimas jamais serão secas... Estas palavras jamais deixarão de estar presentes.
Mais uma vez, já nada faz sentido.

sábado, 21 de junho de 2008

Fingimento desgastante

Não aguento toda esta pressão. Cada passo que eu dou é um erro para os outros, cada segundo que passa é uma eternidade para quem está comigo. Sinto-me sufocada com toda esta diferença que me rodeia.
Todos estes olhares, todas estas confusões, todos estes malditos equívocos, tudo isto me destrói. Não há como fugir, tudo isto me persegue, tudo isto me desgasta. Olho para o meu interior, e vejo ruínas; As ruínas do meu ser. Sinto-me estúpida por não ser como os outros. Sinto-me estúpida por ser diferente... Diferente dos outros, diferente de mim mesma. Peço compreensão da parte de quem me rodeia, mas nem sequer eu me percebo; Apenas sei que não sou normal. Mas que posso fazer eu para mudar a minha forma de ser? Esperar que o tempo me dê a normalidade de volta? É insuportável tal espera.
Apetece-me gritar bem alto aos ouvidos de toda a gente, o quanto quero que me deixem em paz, o quanto preciso de estar sozinha... mas não posso gritar, pois a ultima coisa que quero é que as pessoas de quem gosto se chateiem comigo devido à minha estupida anormalidade.
Contudo, o constrangimento é inevitável. É demasiado duro dar sempre um não como resposta, é demasiado estúpido ter de lidar com tudo isto; É demasiado asfixiante olharem para mim como uma coitadinha, com perguntas desnecessárias. Chamam-lhe de preocupação... Mas eu estou cansada que me pressionem, estou farta. Não consigo fingir que tudo está bem, que me divirto, que estou feliz, que adoro isto... Não sei mentir, não sei fingir; desisto de o fazer, pois para alem de enganar os outros, acabo por acima de tudo, me enganar a mim. E depois, a parte mais chocante: quando a preocupação se transforma em cinismo...! Oh, Deus me dê a paciência de que tanto preciso. Mais uma vez, sinto a necessidade de gritar, de berrar o quanto dispenso que se "preocupem" comigo, pois estou farta desse estúpido cenário. A única coisa que quero é paz, e pouco cinismo. Para quê mostrarem-se imensamente perturbados com a minha situação, se sei que quando viro costas, começam os torturosos risinhos de felicidade, com os quais estou habituada a lidar? Estou farta de todo este fingimento mútuo, mas da minha parte acabou. Foram tempos e tempos de mentira, de sentimentos incontroláveis, que fizeram com que eu mudásse; Agora sou diferente, diferente do que era naqueles tempos em que fingia ser feliz por causa dos outros. Mas agora, fartei-me. Não quero saber mais do que eles pensam, do que eles dizem. Não vou fingir mais.