sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Cadeados
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"Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela"
Acho que Deus me fechou as portas, janelas a 7 chaves...
Chaves que eu perdi, e agora restam-me todos estes cadeados por abrir!
Mas não compreendo!
Oh Meu Deus, porque me fizéste isto?
Porque não tenho a mesma oportunidade que os outros para me libertar,
para fugir daqui, e largar tudo isto?
Porque me acorrentas o coração, Meu Deus ?
Dá-me a chave, por favor!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Facadas
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"Porque estás assim?"_ "O que tens?" _
"Estás a chorar?"_"Estás bem?!"
Para quê fazer perguntas desnecessárias?
É assim tão difícil de perceber o 'porquê' ?
É assim tão difícil satisfazer a única coisa que peço?
"Não me mintas"
...
As mentiras são facadas que me espetam no peito.
Uma dor muito forte percorreu-me o coração! Levei a mão ao peito e nela ficaram impressas marcas de sangue. Sangue derramado pelo meu peito, pelo meu coração. Aquelas gotas cheiravam a dor; Gotas de sangue sentido!
Perdi as forças, cambaleei lentamente até cair. Os meus joelhos apoiaram-se no solo, e esmorecido de dor, o meu corpo acabou por chocar com o chão.
Aquelas facadas incapacitaram-me para todo o sempre. Facadas psicológicas, sentidas com o coração... facadas que me cortaram o ar, que me impediram de viver.
Naquele momento, ali perante todo aquele sangue derramado, perante todas as lágrimas vertidas pela alma, eu já não era nada. Senti-me perdida, pestanejei durante breves segundos, e instantes depois, senti-me a morrer.
Hoje, sinto ainda todas aquelas facadas. As feridas sararam, mas as cicatrizes... essas nunca serão esquecidas. Não consigo controlar minha mente. Não consigo apoderar-me dela... o que eu dava para apagar todas estas cicatrizes; cicatrizes sem fim, gravadas no pensamento, no coração...
As cicatrizes ficaram, as feridas jamais.
As feridas serviram para, mais uma vez, perceber o quanto estava errada em relação a ti. Fizeram-me perceber que não posso mais voltar a confiar, voltar a sorrir, voltar a amar. Estas feridas magoam, ensinam... e com elas aprendo a viver. Agora sei o quão estúpida fui por depois de tudo, ter voltado a confiar noutro alguém. Mas agora não... Não voltarei a depositar qualquer tipo de confiança em quem quer que seja, jamais voltarei a ser o que era! A Libelinha morreu, agora sobram os restos de um ser incompleto, um ser que sempre procurou a felicidade. A felicidade que sempre, sempre lhe fechou a porta.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Transparência silenciosa

O silêncio instala-se novamente. Não consigo! Não consigo passar por tudo novamente!
Não consigo sequer pensar que aquele ruído inquietante voltou!
Sinto-me rodeada por desconhecidos, sozinha no meio de tudo, no meio de nada! Não conheço ninguém, ninguém me conhece.
Sou invisível; Estou resguardada pela transparência! Uma transparência que só eu vejo, que só eu [não] sinto! ... Uma transpârência que me enfraquece, que me destrói.
A mente está presa, o corpo não reage. Sou prisioneira do mundo, do meu coração, de mim mesma!
Não consigo ouvir nada, nem o meu próprio grito! O meu grito silencioso, o silêncio ensurdecedor que me afasta de tudo! O grito de revolta, o silêncio de pânico...

sábado, 23 de agosto de 2008

Rodopios da incerteza

Cheguei ao novo inferno
Um inferno, onde a escuridão lidera!
As chamas já não são quentes.
Aqui, as chamas congelam-me o interior,
congelam-me o cérebro, o coração.

O calor tornou-se sombrio,
As chamas mentais cessaram,
A paixão tranformou-se em ódio.
A verdade colide comigo.

O vazio cegou-me os olhos
O sabor secou-me os lábios,
A fragância impede-me de respirar!

Aqui, tudo é gélido e incerto...
Aqui, tudo me magoa demais a mente!
Aqui, os começos são limitados.

Neste inferno tudo morre, nada renasce.
Perdi todo o calor que me fazia sorrir...
Perdi o inferno perfeito!

[Agora resta-me o escuro, o vazio, o nada].

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

As tais palavras...
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Há pessoas que não vêem, há outras que não querem ver!
Há as que complicam, e outras que gostam de o fazer!
E eu aqui, olho em meu redor, observo as atitudes, as palavras, os gestos... E tu desse lado, fazes me pensar nos porquês de tudo isto, nas dúvidas, nas confusões, nos momentos... Tu que finges não perceber, tu que ignoras a realidade, tu que me dás asas, e que de um momento para o outro tens o agrado de mas tirar.
Tu que dizes, que fazes... mas que não sentes!
Não sentes nada do que dizes sentir, nem do que fazes.
Finges que não vês, finges que não percebes...
Mas eu conheço-te...
E é por te conhecer tão bem que estou farta;
Estou farta das mentiras dessa tua boca,
Cansada de pensar que desta vez estás a ser sincero...
E na realidade, a tua sensatez não passa de uma ilusão criada por mim para fugir à verdade!, uma verdade que estou farta de esconder... mas uma verdade que tu provávelmente não sentes, e dizes sentir com um sorriso no rosto! Mas essas palavras são falsas!
Só me pergunto porque raio de razão as dizes, porque raio de razão me fazes senti-las?!
Porquê que ages, sem saberes aquilo que queres?
Porquê?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Momentos

Momentos indescritíveis,
Momentos em que o silêncio supera as palavras...
Momentos em que a consciência se esgota,
Momentos em que apenas com o coração se sente.


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

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A Preto e Branco
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Perco todos os sentidos ao observar esta tela! Fico sem forças, sem reacção, sem vida.
Este contraste é demasiado perfeito, mas tão perturbador, tão inquietante! Capaz de me incapacitar a mente.
Luto por me manter consciente nestes momentos de absoluto delírio... Este desalento é bastante forte, sinto-me a desfalecer. Estou hipnótizada pela ausência das cores, onde só o sofrimento, a dor expressa pelo preto, e a paz... o branco da paz que eu tanto ambiciono alcançar! Os opostos unem-se, o pânico é cada vez maior a meus olhos... Quero paz, sossego! Quero livrar-me deste ódio que me rodeia, das confusões dolorosas! Esta escuridão devoradora atordoa-me o cérebro, sinto-me incapacitada para o quer que seja. Não tenho forças para nada, falar magoa, pestanejar magoa, respirar magoa. Estou perdida; Perdi-me nas trevas do pensamento, nas sombras do meu renovado eu.
Oh senhor, tu que tens o poder misterioso e enigmático, tu que concentras em ti todas as forças do desconhecido, finaliza os sussurros aparentemente silenciados mas que gritam de dor cá dentro, dentro de todos nós!
Estou cansada destas inevitáveis lágrimas, as lágrimas que acabam por não cair, que são contidas no coração, que se apoderam da razão obscura... a tal capaz de dominar a minha vida...! Lágrimas que surgem quando algo morre, quando há um fim.
E numa pintura que retrata episódios reais da minha vida, assisto pouco a pouco às alterações sentidas. Agora vejo o tempo que passou, vejo o sangue derramado, as lágrimas transactas de tempos sem fim, de anos a fio, de momentos que cessaram, sentimentos que morreram.

sábado, 16 de agosto de 2008

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"The game is to free fame
The mental picture and let it be shown
It looks a lot like this
And I can't bear to look alone
There's a little inside
That we never really know
Till the hole gets deeper and it starts to show
There's a part of you
That likes to feel it too
Just like we always do

I cry but I can't explain
Why I never be the same
I know I'm just another face in the crowd now
Yeah I'm invisible
"

...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A Peça de Teatro

É estranho. Mais do que estranho, é estúpido!
Está tudo doido... nada faz sentido.
Nada é igual, ninguém é como era; Tudo tem outro rumo, outro objectivo, outra vida.

Todas as palavras, todos aqueles momentos são agora recordados em lágrimas! Lembro-me frequentemente de promessas feitas, da troca de carinhos, palavras que nos faziam sentir bem, unidas... Uma amizade que jurámos nunca ter fim. Lembras-te?
E aquelas gargalhadas estúpidas, aquelas que faziam com que todos ficassem a olhar para nós com inveja da nossa felicidade, da nossa união.... sorrisos que, comigo ficarão para sempre! Mas que tu provávelmente esqueceste! Será que te esqueceste também de como nos adorávamos? E agora? Como é que esse carinho se transformou em ódio? Sim... Eu sei perfeitamente que no teu ponto de vista, a culpa de tudo isto é minha... mas não é, e sabes porquê? Porque ao contrário de tudo aquilo que possas pensar, eu ainda sou um ser humano, tenho direito de errar! E tu, tu que falavas num filme de terror que te assombrava constantemente, esqueceste-te que eu tambem fazia parte desse mesmo filme, que eu também estava na parte sombria da história. Há coisas que o tempo não cura, e ambas sabemos que não vale a pena continuar a tentar... Chega de fingimento, de cinismo! Não consigo viver tentando-me convencer de que um dia tudo voltará a ser bonito! É estupido pensar assim, é estúpido tentar pensar em algo que é completamente impossível, pois só causará mais torturas mentais a mim mesma. Estou cansada de todo este teatro que temos vindo a construir, desisto. Não sou boa actriz, não sei nem quero continuar a representar.

Fecharam-se as Cortinas.

sábado, 9 de agosto de 2008

Tranquiliza-me

A desgraça ascende-se. Tenho medo, tanto medo!!
Sinto-me viva por um fio, numa corda muito fina, na qual me tento equilibrar para não cair! Um medo aterrador presegue-me desde o inicio da corrida. Sinto-me a cair; este fio é tão escasso, tão fino, tão perturbador... Mentalizo-me de que cá em cima é a vida e, se escorregar morro. É difícil aceitar toda esta pressão...
Problemas e mais problemas! Será que algum dia terei paz? Para quê mostrar um sorriso na cara se por de trás deste estúpido e cínico sorriso, são derramadas lágrimas?
Lágrimas incontroláveis, que só eu sei como doem...

Vocês que melhor me conhecem! Porque finjo que está tudo bem, se sei tão bem como vocês que nada é assim tão bonito e maravilhoso como idealizamos? Porque partilham comigo apenas os bons momentos? Sou assim tão criança, tão incapaz de perceber a realidade?
Sim, é estúpido fazer todas estas perguntas ao blogue e não a vocês mesmos... E a coragem? Onde está a coragem necessária para vos enfrentar?
Enquanto que para vocês ainda não cresci, enquanto sou demasiado frágil e sem experiência, e enquanto não posso dizer-vos o que penso, e explicar-vos o quanto a minha mente vos percebe, é aqui, apenas aqui que desabafo estes pensamentos que me aterrorizam!
Eu sei, eu sei de tudo! Absolutamente tudo... e pergunto-vos porquê? Porque se preocupam tanto com todos esses bens supérfluos? Porque te preocupas tanto connosco em vez de olhares por ti, em vez de te preservares?
Peço-te por tudo... Não te preocupes com isso, pai. A minha felicidade depende da tua, e quero-te ao meu lado pra puder ser feliz. Simplesmente não te preocupes mais; deixa-os morrer de egoísmo, deixa que se afoguem em estupidez!
Não te preocupes. Sê feliz connosco, nós que te amamos .

domingo, 3 de agosto de 2008

Memórias

Encostada à porta observo tudo isto, o meu quarto, o meu mundo, o meu eu.
Só estas quatro paredes sabem pelo que passei, nelas estão gravadas todas as lágrimas que derramei, as felicidades sentidas... olho-as com tristeza, pois vejo-me a viver tudo de novo. Malditas gravuras, recordações que me esmagam o coração.
Esta música entristece-me! O poder melódico apodera-se de mim. Os sentimentos misturam-se, as memórias permanecem... Recuo no tempo, imagens e sensações surgem novamente. Recordo-me de tudo isto sem conseguir parar. Corro para o canto do meu quarto, pego na caixa de recordações... Vejo-me a regressar ao abismo.
Estas fotos afligem, as lembranças matam-me.
Sinto-me a delirar. Não consigo controlar os pensamentos, não consigo conter as lágrimas. Sinto-me estúpida, e inútil! Não aguento [re]viver todas estas agustias, não suporto novamente esta estúpida maneira de pensar.
Não quero mais estar aqui. Esta pressão é inaceitável. Adorava libertar-me para sempre de todos estes medos, estas horriveis recordações! Quero libertar-me de todos aqueles momentos, de todas aquelas palavras, sentimentos! Quero apagar o passado; Necessito de o acorrentar para que jamais volte para me arruinar... Mas isso é impossível, pois por mais voltas que dê, é impossivel esquecer, é impossível fingir que tudo está bem, quando na verdade não está. As questões voltam a surgir, mas as respostas teimam em desaparecer.

Será que foi tempo perdido?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

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31 de Julho.
De facto, o tempo passa a correr...Vejo-me a crescer, ao contrário de outras pessoas que pensam que estou cada vez mais criança, mais infantil. Eu não concordo. Existem diversas fases na vida, as quais nós não podemos escolher se por elas queremos passar ou não.
14 anos de memórias, de felicidades, tristezas, sorrisos, lágrimas... Diversas situações, momentos com os quais aprendi a crescer, independentemente de parecer ou não.
Vejo os dias a passar, o tempo é cada vez mais curto, escorrega-me entre os dedos, e eu não consigo alcançá-lo.