domingo, 27 de abril de 2008

De facto, confusa!

O mundo está virado ao contrário na minha [interessante] vida!
Se é assim que lhe posso chamar ... Estou cada vez mais confusa, cada vez mais perdida.
Os meus sentimentos revoltaram-se e estão agora numa luta constante... Os meus sentimentos, os meus pensamentos, as minhas angustias, os meus medos, estão agora misturados, confundindo-me o coração, confundindo-me o cérebro... Cérebro, será que o tenho? Pois, talvez seja provável que não..! A verdade, é que algo muito sombrio e opaco me impede de auto-perceber! O meu coração está parado, não bate... Não recebe outro sentimento pra'lem de falsidade... O meu sangue está a deixar de circular, as minhas veias estão vazias, o meu coração destruído. Estou a deixar de existir interiormente, estou a morrer... Morta já eu estou, há já muito tempo! Talvez esteja a morrer outra vez, a deixar-me cair neste vazio, neste vão atormentador. Ás vezes é tão difícil pensar, de tomar decisões, de continuar... É como que se o mundo estivesse a desabar em cima de mim num só segundo! Não sei como lutar. Quero gritar e não tenho voz. Ninguem me ouve, ninguem vê, ninguem me percebe! Só eu e apenas eu, posso presenciar, viver, e tentar perceber o que se passa em minha volta, o que se passa na minha vida... Eu? Quem sou eu? Preferia dizer que não sou nada, que não sou ninguem, mas na verdade sou um ser desumano e degenerado que existe mas não vive. Pouco a pouco, as paredes estão a desmoronar para cima de mim, as pessoas desprezam-me, e eu... eu estou a morrer aos poucos, estou a derrubar-me lentamente. Seria melhor extenuar-me de uma vez só... Estou farta de tudo, farta de todos, farta de ser eu... e farta, farta de não me darem uma oportunidade para construir um novo EU.
Quero ver, mas está escuro. Quero falar, não me ouvem. Quero ouvir, mas o silêncio que me rodeia é demasiado intenso. Quero tocar-te, estás longe.
O meu sangue já fora derramado, e agora... O meu coração quer bater e não tenho sangue nas veias.

[Quero Viver, não consigo].

2 comentários:

Anónimo disse...

Compreendo-te perfeitamente. Já me senti assim (e não foi há muito tempo) como tu. Sentia-me perdida, confusa e revoltada, com uma enorme vontade de fugir para uma outra dimensão que não fosse este mundo. Mas decidi que não podia continuar a sentir-me assim. E decidi ficar e enfrentar. Magoei-me, fiquei cheia de feridas (como na parte em que escreves não tenho sangue nas veias) mas não desisti. E ultrapassei tudo. Como vais também ultrapassar. És grande mulher!
beijos ****

Libelinha disse...

Espero que sim Mel, espero conseguir ultrapassar tudo isto!
Obrigada pelo apoio :)