segunda-feira, 2 de junho de 2008

As minhas lágrimas

Um choro contínuo... Lágrimas que são idealizadas pelo meu coração, e que nascem nos meus olhos, numa profunda tristeza sentida interiormente; E o percurso das minhas lágrimas continua... deslizam sobre o meu rosto lentamente, e acabam por morrer na minha boca.
Algumas, não chegam a deslizar, e permanecem estáticas nos meus olhos; outras caiem rapidamente diante de mim, formando uma poça de lágrimas na qual eu me afogo constantemente. Afogo-me nas minhas lágrimas, afogo-me em mim própria; Morro comigo e em mim!
Estou sem fôlego; Cansei-me, fartei-me, estou exasperada. Perdi a respiração no meio de todas estas lágrimas que me sufocaram, que me prenderam, que me mataram; Eu estou morta, morri interiormente [novamente]. Todos os motivos que ainda me faziam sorrir, transformaram-se agora em arrepios e desesperos pasmosos. Suores frios, delírios, lágrimas, distúrbios... Sensações inexplicáveis que me derrotaram, que me enfraquecem... E que me impedem de lutar, de fazer o que queria. Sinto-me fraca, sem forças nem capacidade para o quer que seja... Vivo debilmente e sem forças para mais; Sou fraca, insignificantemente inapta, mas de facto, muito competente no que diz respeito à destruição interior nao só de mim, mas dos outros... O Regresso da Demolidora seria sem duvida, um bom título para a minha situação actual. De que me vale tentar olhar para a vida com outros olhos, se sei que não passaria apenas de uma fantasia e que de repente daria por mim a cair outra vez neste profundo vazio sem fim? Um vazio demasiado denso e perturbador que me arrasta para o fim de tudo, para o início do nada.

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