segunda-feira, 12 de abril de 2010

Insegurança

Hoje, o meu céu tremeu.
Senti o chão ruir debaixo dos meus pés, quando estúpidos devaneios me assombraram o cérebro, quando por momentos, duvidei do que poderia estar a viver. Não da minha parte, mas da tua. A tua insegurança e dependência dos outros fez-me balançar ao sabor do vento e por momentos, desmoronar um bocadinho do meu ser. Do nosso ser. Mas peço-te desculpa. Desculpa-me, meu amor... mas o medo de te perder é tão grande! O medo de te perturbar e fazer com que te fartes do nosso amor, do calor que nos aquece e guia de mãos dadas. A tua expressão triste e duvidosa sobressaltou-me o coração, desacelerou o seu batimento e arrefeceu todo o meu sangue. Por te perder, apenas por ter medo de te perder.

Desculpa, meu amor. Desculpa por tudo isto.
Amo-te demasiado. E demasiado é realmente muito... muito para quando estás ausente, e pior do que isso, quando mesmo presente ao meu lado, estás tão distante. Dizes que me amas, e eu acredito, juro que acredito. Mas não consigo conciliar essas doces palavras por ti proferidas com todos os teus gestos, as tuas atitudes que mostram o contrário.

Não quebres as asas que me conduzem ao paraíso.
Fica comigo.


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